Leia na íntegra na edição deste mês.
Grato pela compreensão.
Um pouco de cultura.
Por
Orandes Rocha.
Antes
de começar o texto de hoje, um rápido questionamento: Você sabe qual o
Ministério com o menor orçamento?
Uma
dica: o Ministério do Esporte é o 2º com menor orçamento.
O
Ministério da Cultura é quem tem o menor orçamento da União.
É
de esperar então que Estados e Municípios tenham, em via de regra, a mesma
“lógica” de destinar à cultura a menor parte de seus orçamentos.
Nossa
cidade, infelizmente, há muitos anos reproduz o modelo de desprestígio da
política cultural existente em nosso país.
Muito
em razão da falta de verba é verdade, mas muito também em razão do pouco
interesse em promover cultura, talvez pelo pouco retorno midiático e
conseqüentemente, eleitoral (ou eleitoreiro?), que a cultura promove.
É
muito mais fácil construir uma obra, que após muitos anos o governante ainda
pode jactar-se de tê-la construído do que, por exemplo, trazer uma peça de
teatro para a cidade ou organizar um evento como uma feira do livro cujas
propagandas são muito mais difíceis de serem exploradas e atinge apenas um
púbico específico da cidade.
Cito
Feira do Livro porque até bem pouco tempo atrás era a grande cobrança de boa
parte dos jovens ipuanenses nas redes sociais.
Lamentavam
o fato de ser a nossa cidade a única a não realizar tal evento, que nas cidades
vizinhas não só havia como palestras importantes e shows eram realizados.
Criticavam
o descaso com a cultura em nossa cidade, que não era interessante para os
governantes investir em cultura e outros blá blá blás que encheriam este texto.
Confesso
que o discurso incisivo de algumas pessoas me levou a fazer mea culpa, pois eu
havia sido responsável pela pasta da cultura em nosso município por 3 anos e,
apesar dos esforços, não consegui organizar uma Feira do Livro em terras ipuanenses.
Hoje,
curiosamente, nas mesmas redes sociais, os mesmos críticos de outrora não
cobram a Feira do Livro, o que me lamenta constatar que a justa reivindicação
era realizada por motivo político partidário e não como bandeira de luta pela
adoção de uma política cultural em nossa cidade. Meu remorso se dissipou por
completo.
(...)
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