sábado, 23 de agosto de 2014

Este mês, na "Voz Ipuanense".

Para não haver "conflito" entre as duas mídias na qual este escriba colabora (jornal e Blog), segue abaixo apenas um trecho (1/3) do meu texto deste mês do Jornal A Voz Ipuanense.

Leia na íntegra na edição deste mês.

Grato pela compreensão.



Um pouco de cultura.
Por Orandes Rocha.

Antes de começar o texto de hoje, um rápido questionamento: Você sabe qual o Ministério com o menor orçamento?
Uma dica: o Ministério do Esporte é o 2º com menor orçamento.
O Ministério da Cultura é quem tem o menor orçamento da União.
É de esperar então que Estados e Municípios tenham, em via de regra, a mesma “lógica” de destinar à cultura a menor parte de seus orçamentos.
Nossa cidade, infelizmente, há muitos anos reproduz o modelo de desprestígio da política cultural existente em nosso país.
Muito em razão da falta de verba é verdade, mas muito também em razão do pouco interesse em promover cultura, talvez pelo pouco retorno midiático e conseqüentemente, eleitoral (ou eleitoreiro?), que a cultura promove.
É muito mais fácil construir uma obra, que após muitos anos o governante ainda pode jactar-se de tê-la construído do que, por exemplo, trazer uma peça de teatro para a cidade ou organizar um evento como uma feira do livro cujas propagandas são muito mais difíceis de serem exploradas e atinge apenas um púbico específico da cidade.
Cito Feira do Livro porque até bem pouco tempo atrás era a grande cobrança de boa parte dos jovens ipuanenses nas redes sociais.
Lamentavam o fato de ser a nossa cidade a única a não realizar tal evento, que nas cidades vizinhas não só havia como palestras importantes e shows eram realizados.
Criticavam o descaso com a cultura em nossa cidade, que não era interessante para os governantes investir em cultura e outros blá blá blás que encheriam este texto.
Confesso que o discurso incisivo de algumas pessoas me levou a fazer mea culpa, pois eu havia sido responsável pela pasta da cultura em nosso município por 3 anos e, apesar dos esforços, não consegui organizar uma Feira do Livro em terras ipuanenses.
Hoje, curiosamente, nas mesmas redes sociais, os mesmos críticos de outrora não cobram a Feira do Livro, o que me lamenta constatar que a justa reivindicação era realizada por motivo político partidário e não como bandeira de luta pela adoção de uma política cultural em nossa cidade. Meu remorso se dissipou por completo.
(...)

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