O risco do "Volta Lula", para o próprio Lula.

Presidenta Dilma em queda nas pesquisas + a sutileza de uma rinoceronte grávida com que dizem que a mandatária do país trata os aliados + o desejo de boa parte dos brasileiros de votar no Lulla, tudo isso bastou para que uma ala dissidente governista entoasse o mantra sagrado, que era repetido para conseguir uma re-reeleição do Lulla anos atrás, agora pedindo seu retorno: Volta Lula.

E Lulla ouve o mantra de agora como ouvia quando pediam sua re-reeleição, com um sorriso no canto da boca e um discurso ensaiado que não condiz com sua vontade: É legítimo a Dilma se reeleger.

Óbvio e ululante ("u - lula - nte", entenderam o trocadilho?! hã hã?!) que Lulla deseja com todas as suas forças voltar a ocupar novamente a Presidência.

Ele sabe que esperar 4 anos pode lhe custar caro. Desde a mudança nos ventos políticos no país, que podem acontecer com um 2º governo Dilma que despencaria a aprovação do poste criado por ele e consequentemente sua própria aprovação pessoal, como a debilidade de sua saúde física, já não a mesma de 10 anos atrás e certamente não a mesma depois de mais 4 anos.

Mas Lulla não ensaia seu retorno de imediato por uma razão.

Perspicaz que é, Lulla sabe que uma volta sua agora implicaria em correr o risco de perder o capital político e a áurea de estadista que ele conseguiu construir à duras penas.

Que país Lulla pegaria hoje?

Em quem ele jogaria a culpa de algum eventual insucesso?

A herança maldita que ele recebeu já se dissipou. Culpar antecessor, no caso antecessora, seria um atestado de que ele vendeu para os brasileiros uma imagem de uma candidata que não se concretizou na prática.

Teria ele mentido quando dizia que a Dilma era a melhor opção para o país?

E mais: Se Dilma não conduziu o país como deveria, quem garantiria que ela própria não recebeu uma herança maldita, acobertada para não queimar seu suserano?

Lulla sabe que tem muito a perder.

Getúlio Vargas pagou com a vida a decisão de retornar à Presidência.

Certamente Lulla deve encontrar no exemplo do antigo Presidente a força para recusar o anseio popular.

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