sábado, 10 de maio de 2014

Com o giz e o lápis na mão.

Semana passada falei sobre a época em que eu era professor substituto na rede estadual.

Hoje vou contar um "causo" ocorrido naquela época.

Sem aulas definidas, eu ficava torcendo para algum colega professor de História faltar e assim eu ser chamado para substituí-lo.

O duro era o raio de uma lista de pontuação que os professores disputavam, ponto a ponto, as melhores classificações e, com isso, o direito de ser o 1º a ser chamado em caso de falta do professor efetivo.

Em História eu era o 5º da lista. Para ter pontos, era preciso preciso dar aula, cada aula valia 1 ponto.

Mas como dar aula se não tinha pontos?

Um ciclo vicioso difícil de ser quebrado.

Até que um dia chegou minha vez. Nunca entendi como, mas chegou.

Eu era o 5º e para ter sido chamado por causa da falta do professor efetivo, já que não tinha notícias de alguma epidemia contagiosa na cidade que fez com que os 4 professores na minha frente estivessem internados ou coisa parecida, a única explicação era que o 1º da lista deveria estar doente, o 2º viajando, o 3º não queria mais ser professor e o 4º fora abduzido por Extra Terrestres.

Pior é que meu dia chegou e eu não aproveitei.

Eu teria uma prova de filosofia ferrada (Hegel e Kant, quem conhece sabe do que eu estou falando) naquele dia e estudaria o dia todo, razão pela qual declinei do convite.

Bastou isso para nunca mais ser chamado outra vez.

E pior, nem assim consegui ir bem na prova.

Filosofia foi minha menor média na faculdade.

Choro aquele 8,5 até hoje.

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913.

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