quinta-feira, 21 de junho de 2012

O último adeus.


Quem nunca sonhou em ser gênio e mundialmente respeitado na sua área?
Ser aquela pessoa a quem todos procuram quando nada mais deu certo, e saber que só você consegue resolver os problemas?
Quem nunca sonhou em romper o contrato social e fazer e dizer rigorosamente apenas o que pensa?
Vai dizer que não gostaria de não dar a mínima pra opinião dos outros?
Que nunca pensou em respostas sarcásticas pra dar quando alguém te enche o saco?
Quem nunca quis um dia enfiar o carro na sala da patroa e sair numa boa?
Quando imaginamos que ser mau humorado, sarcástico, arrogante e sociopata seria visto como qualidade, não como defeito?
Quantas vezes não suportamos pessoas indesejáveis quando nossa vontade era evitá-las?
Ele fez isso tudo e muito mais:
Hoje é dia de darmos o último adeus ao médico mais famoso da TV.
É impossível não tê-lo acompanhado e hoje, no adeus, perceber que ficou um pouco de suas características em nós. Assim como fica um pouco de tinta de um carro em outro, quando há um choque entre eles (para usar metáfora, sua figura de linguagem preferida).
Acredito que todos nós, Housemaníacos, fomos influenciado pelo melhor anti herói que a TV produziu.
Não tenho receio de afirmar que muitas vezes recorri a sua “filosofia” para tomar alguma decisão. E antes que alguém me acuse de falta de personalidade, reitero que usar social com tênis é coisa que eu faço muito antes do Dr House entrar em nossas vidas.
Não me recordo de ter acompanhado outra série com tanto afinco. Nem de ter ficado tão triste ao término de alguma delas. Remarquei ou cancelei muitos compromissos as quintas à noite, só para ver algum capítulo inédito.
Logo mais, será como um parente estivesse indo para uma terra distante, após 8 anos de boa convivência.
Há quem aposte que eu vá chorar, outros que eu, ao término do capítulo, irei apenas levantar e aplaudir de pé, solitariamente.
Acredito porém que o estoicismo e a misantropia do meu ídolo produziu marcas tão profundas na minha personalidade, que irei apenas levantar e dizer:
- Será mesmo que acabou? Afinal, everybody lies...


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