domingo, 17 de novembro de 2013

Nos palanques da vida.

Contei semana passada sobre como conseguimos resolver alguns problemas do transporte universitário no meu tempo de Diretor do Depto. de Educação.

Uma das histórias me lembrou um fato curioso que ocorreu e que resolvi relatar aqui.

Os nomes serão preservados, evidentemente.

O motorista não era dos mais simpáticos, apesar de muito eficiente em seu serviço e de grande responsabilidade e qualidade, não era dado a sorrisos.

E certa feita, uma das alunas que viajava no ônibus na qualidade de "carona", esperava o motorista acompanhada de um namorado (ficante ou coisa que o valha) e ao entrar no ônibus para retornar à sua cidade, parou nas escadas do mesmo e virou-se para um último beijo no amado.

Não sei precisar quantos segundos durou, mas foi o bastante para que o motorista fechasse a porta do ônibus (porta automática) fazendo com a aluna se espremesse para entrar, sob risco de ser "catapultada" para fora do transporte.

Como sempre, todo incidente caía onde? Na sala do Orandinho.

Eu, soterrado em papéis, com 1000 problemas para resolver, atendi a aluna que reclamou por escrito do motorista.

Chamei-o em minha sala para ouvir o lado dele na história.

E então o inusitado aconteceu.

Ao ser perguntado sobre o porque da atitude, sua resposta foi:

- Fechei a porta uai, não sabia quanto tempo iria durar aquele beijo!

Foi o bastante para eu rir o resto do dia.


Em tempo: Ele prometeu melhorar seu relacionamento com os alunos e a aluna, a não atrasar, ainda que poucos segundos, a viagem.

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