Contei semana passada sobre como conseguimos resolver alguns
problemas do transporte universitário no meu tempo de Diretor do Depto. de
Educação.
Uma das histórias me lembrou um fato
curioso que ocorreu e que resolvi relatar aqui.
Os nomes serão preservados,
evidentemente.
O motorista não era dos mais simpáticos,
apesar de muito eficiente em seu serviço e de grande responsabilidade e
qualidade, não era dado a sorrisos.
E certa feita, uma das alunas que viajava
no ônibus na qualidade de "carona", esperava o motorista acompanhada
de um namorado (ficante ou coisa que o valha) e ao entrar no ônibus para
retornar à sua cidade, parou nas escadas do mesmo e virou-se para um último
beijo no amado.
Não sei precisar quantos segundos durou,
mas foi o bastante para que o motorista fechasse a porta do ônibus (porta
automática) fazendo com a aluna se espremesse para entrar, sob risco de ser
"catapultada" para fora do transporte.
Como sempre, todo incidente caía onde? Na
sala do Orandinho.
Eu, soterrado em papéis, com 1000
problemas para resolver, atendi a aluna que reclamou por escrito do motorista.
Chamei-o em minha sala para ouvir o lado
dele na história.
E então o inusitado aconteceu.
Ao ser perguntado sobre o porque da
atitude, sua resposta foi:
- Fechei a porta uai, não sabia quanto
tempo iria durar aquele beijo!
Foi o bastante para eu rir o resto do
dia.
Em tempo: Ele prometeu melhorar seu
relacionamento com os alunos e a aluna, a não atrasar, ainda que poucos
segundos, a viagem.
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