Começou o pior período para eu viver em
minha casa: as compras natalinas.
Como pode uma única data requerer tantas
compras?
Compram, compram e compram e ainda falta
coisa.
O pior é que as compras são por etapas:
1º Enfeites e similares.
2º Presentes.
3º Alimentos e bebidas.
Ledo engano pensar que são 3 visitas a
Ribeirão Preto, uma para cada etapa acima.
Serão pelo menos 2 ou 3 para cada etapa.
Meu primeiro martírio aconteceu ontem, em
lojas de enfeites natalinos.
De loja em loja, entre uma quantidade
infindável de papais noéis e pisca piscas, além de enfeites mil, encosto em um
canto da loja para descansar meu saco cheio.
Eis que acontece algo sem precedentes.
Sou abordado por uma mulher me perguntando
algo sobre um pisca que ela tinha em mãos.
Ela pensou que eu fosse funcionário da loja
e veio tirar uma dúvida.
Gentilmente lhe expliquei que era freguês
também e após as desculpas, sumiu na loja.
Percebi que ficar parado era prejudicial,
pois levariam as pessoas na loja repleta a imaginar que eu era funcionário, um
funcionário matando serviço mas um funcionário.
Comecei a ajudar minha família com
entusiasmo para não ser mais confundido:
- Leva pisca de Led, é mais bonito e
durável.
- Essa rena fica bonita junto com o Papai
Noel.
- Esta árvore é melhor para sala.
Eis que uma outra cliente, certamente vendo
meu empenho em ajudar duas mulheres (mãe e irmã), se dirige a mim:
- Por favor, quanto custa o metro da
mangueira de piscas?
Ela pensou que eu fosse funcionário, aliás o
melhor funcionário da loja, tamanha dedicação demonstrada a duas freguesas.
Pensei duas vezes em falar o preço, que
aliás eu sabia, mas optei por dizer que não era funcionário.
Conferi minha camiseta, vermelha, para ver
se não era da cor do uniforme da loja. Não era, era azul o uniforme.
Então, para não passar constrangimento,
parei na porta da loja e não mais me mexi.
Eis que surge uma senhora me perguntando:
- Sr gerente, não tem como contratar mais
funcionários? Ninguém me atendeu até agora!!!
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