domingo, 3 de novembro de 2013

Nos palanques da vida.

Um dos pedidos que o Ex Prefeito Itamar Romualdo ouvia com frequência era a construção de uma capela no cemitério municipal.

Os cidadãos mais idosos lembravam com saudade do tempo em que havia uma capela no cemitério, e os mais jovens, nascidos após a demolição da referida capela, reclamavam a falta de um espaço adequado para realizar suas orações em dias de visitas, sobretudo no dia de finados.

Não conheço a fundo nossa legislação sobre o assunto, mas ao que parece, até porque vivemos em um Estado laico, são proibidas obras beneficiando diretamente com reformas e/ou construções, salvo casos de restauração de patrimônios históricos, qualquer religião.

Como disse, desconheço a fundo a legislação, mas deduzo que os prefeitos sejam impedidos de beneficiar uma ou outra religião com obras, e uma capela no cemitério seria um benefício direto a uma única religião.

A saída então foi a construção de um abrigo, local onde além de servir de proteção para os visitantes do cemitério, também lhes é permitido rezar em seu interior, seja a religião que for, pois não há imagens, símbolos nem nada que remeta a qualquer religião.

Curiosidade: nunca adentrei naquele espaço. Seja por ir pouco ao cemitério (compactuo com Millôr Fernandes que dizia que "morto gosta é de sossego"), seja por estar fechado nas raras ocasiões em que fui.

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