segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Na cavalgada sem cavalo.

Eis que no sábado o Blogueiro, quase que obrigado por um amigo-irmão-companheiro, compareceu no evento denominado "Cavalgada dos Amigos".
E antes que algum dos 9 fiéis leitores imaginem o Blogueiro de chapéu e montaria alazão, vou avisando para tirar o cavalo da chuva, fui de carro mesmo.
Salvo um pônei, presente de um padrinho na infância, nunca andei a cavalo na vida. E, sem razão aparente o blogueiro nutre uma certa aversão aos equinos, não tanto como a tenho pelos caninos, mas o suficiente para não ter interesse algum em acompanhar a referida cavalgada.
Razão pela qual prestigiei, de todo o evento, apenas o almoço realizado no Parque de Exposições.
E lá, entre conhecidos, desconhecidos e candidatos, muitos candidatos, me dei conta de algo curioso: Foi o 1º evento do gênero, dentre os muitos que há na cidade anualmente, em que eu estive presente. Na vida!
Nunca estive em Porcadas, Bois no Rolete ou Queimas do Alho realizadas em solo Santanense. E antes que especulem as razões, não existe nenhuma razão a não ser preguiça ou falta de interesse mesmo.
Além do almoço de primeira, boa música sertaneja. Aliás, a verdadeira música sertaneja.
Várias duplas da cidade, de todas as gerações ainda em atividade apresentaram-se no palco da Barraca Central. Só mesmo um amante como eu da verdadeira música sertaneja para gostar de ver novos e antigos violeiros revezando-se no palco.
E os representantes da elite social ali presentes, avessa à música sertaneja na sua essência, acostumada com o lixo tecnopop que contaminou o mais brasileiro dos estilos musicais, torcia seus narizes sem nada poder dizer.
Fosse pública a festa...
Parabéns aos organizadores que por meio de uma faixa, que deveria estar fixada na entrada do recinto, pedia, infelizmente inutilmente, para que não houvesse adesivaço ou panfletagem política no local.
De ambos os lados, sem entrar no mérito de quem começou primeiro.
Sonho com o dia em que a consciência sobreponha-se ao fanatismo, e o bom senso, sobre a ignorância; e que festas de caráter beneficente possam, ao menos por poucas horas, deixar do lado de fora o clima beligerante que toma conta dessa cidade a cada 4 anos.
Mas não é assim que vou terminar esse texto. Termina-lo-ei parabenizando os organizadores do evento, que sequer sei quem são, mas que tão bem organizaram um evento 100% beneficente, com enorme poder de atração regional e mobilização municipal.

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