quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Julgamento do Mensalão.

Começa hoje o julgamento do maior escândalo da história da República Brasileira: O Mensalão.
Um episódio que é, para mim, um divisor de águas.
Quando jovem, era avesso ao Lula e ao PT. Só adulto comecei a abrir minha mente para a possibilidade da esquerda, então atuante, ser a opção viável para o país.
Era o partido da ética, de políticos diferentes dos demais, políticos que criticavam o fisiologismo, a política de juros, as alianças esdrúxulas e tudo mais o que viriam, no governo, fazer ainda pior que os antecessores.
O argumento deixou de ser "no PT é diferente", para "os outros também faziam".
Acreditei em Lula e no PT até o episódio do Mensalão.
Depois disso, de todos os políticos em quem votei e admirava, sobrou apenas Eduardo Suplicy. E nunca mais, além dele, votei nessas figuras outra vez.
Não acreditei quando Lulla disse que nada sabia sobre o mensalão, mas achei digno ele dizer que o PT deveria pedir desculpas à nação.
Pena que não teve, nem tem, a mesma dignidade tempos depois, no final do mandato, dizendo que o mensalão é uma farsa, uma espetacularização da mídia.
Agora começa o julgamento que pode provar pra gente que aqui não é o país da impunidade, que aqui o crime não compensa, que a justiça tarda mas não falha.
Temos a chance de ter a provar que bandido, não importa se rico ou pobre, se famoso ou desconhecido, importante ou pé rapado, vai pra cadeia.
Eu, que esse ano vi João Havelange expulso do COI, Ricardo Teixeira fugir do Brasil e da CBF, posso ver Zé Dirceu preso.
Será um dos dias mais felizes da minha vida!
Penso que de todo o país.

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