domingo, 5 de agosto de 2012

Feicebuqui e as eleições.

Já nas minhas primeiras lições de marketing político, a internet já era vista como um território a ser desbravado. Aventava-se inúmeras possibilidades do uso dessa ferramenta, contrastado com a sua, então, pouca utilização.
Na época, redes sociais ainda engatinhavam no Brasil, e olha que estamos falando de coisa de menos de 10 anos atrás.
Portanto, as ferramentas virtuais eram sites, blogs e e-mails.
Hoje, com a popularização da internet, cada vez mais acessível a todos os cidadãos, e o advento das redes sociais, novas perspectivas começaram a ser pensadas.
Quer nicho melhor para fazer campanha que uma rede de perfis?
Você posta para seus, suponhamos, 500 amigos e se 3 compartilharem, outros 1000 diferentes terão acesso. Comentários podem ter uma abrangência muito maior, pois é atualizado no nosso perfil.
Obama usou as redes sociais de maneira eficiente nos EUA, tanto que o idealizador desse tipo de marketing do Presidente Americano esteve ajudando na campanha da Dilma em 2010.
Vejo hoje, com muita satisfação, um movimento contrário a essa prática.
Corre por aí, na velocidade da internet, algumas fotos via Feicebuqui do tipo:
- Esta pessoa não quer receber propaganda política no facebook.
- Diga não à propaganda política no facebook.
- Por favor, não postem propaganda política para mim no facebook.
E outras mais do tipo!
Trata-se de pessoas que, assim como o Blogueiro, não quer ser incomodado em seu momento de lazer com propaganda política.
Não que eu não goste, até gosto e acho que propaganda tem de ser feita.
Apenas acho muito invasivo, abrir meu perfil e ver lá dezenas de fotos, sucedidas de centenas de curtições e/ou comentários, às vezes alguns bate bocas e et céteras.
Eu próprio andei compartilhando fotos dessa "campanha" pela não propaganda eleitoral no Feicebuqui, e a julgar pela quantida de pessoas curtindo e compartilhando, acho que a maioria se sente incomodada com isso.
Tanto que de uns tempos pra cá, a quantidade de posts relacionados diminuíram. Um ou outro ainda insiste em fazer, talvez movido pelo espírito do radicalismo, impertinência ou desrespeito. E um conselho: acho que vocês prejudicam eleitoralmente o candidato.
Por enquanto, estou apenas apagando os posts do meu perfil, se começar a me dar muito trabalho, vou excluir tais pessoas mesmo.
Nada contra, só acho que usar o mural do meu perfil para divulgar um candidato, é a mesma coisa que alguém colar um adesivo de um candidato no seu carro sem a sua autorização e você fazer propaganda gratuitamente para ele.
Assim como o adesivo precisa da autorização expressa do dono do veículo, o mural do Feicebuqui também deveria ser assim.
Então não se deve usar a internet para fazer campanha?
Claro que deve, mas deve dar o direito de escolha pra quem quer receber tais informações. Assim como os spans de tão chatos e ineficazes foram proibidos, esses virais de candidatos também deveriam ser.
Penso que a melhor maneira para um candidato evitar que sua ação se torne negativa no ponto de vista de marketing, seja criar um perfil específico para sua candidatura e nela quem quiser curtir, vai fazê-lo sabendo que haverá divulgação em seu perfil pessoal.
E a divulgação do meu blog, que faço duas vezes ao dia, não deveria seguir o mesmo princípio?
Não.
Eu divulgo um link, não o conteúdo (foto, frases, ...) e esse link você acessa se quiser, se não acessar, você e nem ninguém da sua lista de amigos, sabe o que tem lá dentro.
Não concordou?
Pode me excluir do seu Feicebuqui, é um direito seu.

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