segunda-feira, 18 de abril de 2016

O PT acabou.

O sonho acabou.

O Partido que mais lutou para se firmar como uma alternativa viável face à corrupção sistêmica que as elites impõem neste país desde 22 de abril de 1500, morreu.

E morreu por uma razão simples: o PT no poder se mostrou rigorosamente igual aos seus antecessores no que se refere às práticas políticas de manutenção do poder.

Trouxe avanços, inimagináveis com outros partidos é bem verdade, sobretudo na inclusão de milhões até então excluídos, avanços sociais, distribuição de renda, acesso à educação e moradia, e muito mais que todos sabemos de cor.

Mas em que pese todas estas conquistas, é inconcebível aceitá-las em face à realidade: O PT se mostrou um partido corrupto.

E aceitar esta gente governando o país, alegando as conquistas sociais citadas, é a reedição do Malufismo "Rouba mas faz" que tanto criticamos no passado e que o próprio PT tanto repudiou.

Fechar os olhos para o que esta gente fez de ruim, exposto em escândalos como da Petrobrás, da EletroBrás, dos Fundos de Pensão, da venda de MP, do Triplex, do Sítio de Atibaia, da Lava Jato,... por causa das muitas conquistas obtidas, me perdoem, mas vejo como uma ignorância tremenda.

Já votei no PT, já votei no Lulla, defendi sua ideia, ajudei na militância. Se naquela época alguém me dissesse que, no poder, o PT seria incompetente, eu responderia: "Pode até ser, mas precisamos experimentar um novo modelo porque este que temos se mostrou falido". Mas se me dissesse que no poder, o PT seria corrupto, eu responderia: "Você não sabe o que está falando. Um partido tão combativo, que tanto denuncia e luta contra a corrupção, jamais cairia no erro cometido por estes a quem ele critica".

Pois caiu.

No poder, PT e PSDB foram rigorosamente iguais nas suas práticas políticas.

Apoderaram-se do Estado, aliaram-se com a escória em nome da governabilidade, colocaram o poder pelo poder como meta primordial.

Não promoveram a reforma política indispensável para mudar nosso sistema perverso.

Tanto que deu no que deu.

Sou contra o impedimento da Presidenta.

Em que pese sua incompetência para gerir o país, ainda carece de comprovação de que houve atos ilícitos que justifiquem seu afastamento.

Caso a Lava Jato comprove Caixa 2 e dinheiro de propina na campanha de Dilma, aí sim seria um motivo para afastar Dilma e Temer, convocando novas eleições.

Mas para mim parece claro que, tivesse sucumbindo aos pedidos de Cunha, talvez Dilma não estivesse pagando o preço que pagou.

Assim como se Lulla tivesse feito a reforma política ou FHC não tivesse comprado a reeleição, a História poderia ser diferente.

Mas como disse um "jênio" certa vez: "no futebol não se conjuga o verbo se".

Parece que na política também não.

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