Evidente que a maior de todas as questões, "O que será feito dos idosos abrigados no Lar?" já foi respondida pelo Ministério Público, conforme matéria jornalística exibida ontem à noite no Jornal da EPTV Ribeirão: Serão encaminhados aos lares de familiares e os que não possuí-los, encaminhados a abrigos de outras cidades.
Entretanto, enquanto tal medida não acontece e, na expectativa otimista de que o fechamento seja revertido, pondero sobre algumas questões além da acima citada:
01. Qual entidade estaria habilitada e disposta a assumir a direção do Lar?
Ipuã conta com outras instituições igualmente competentes, cada uma com seus objetivos, suas dificuldades e particularidades: Rotary, Maçonaria, Paróquia, Igrejas Evangélicas.
Não estou sugerindo nem cobrando de nenhuma delas, apenas citando as entidades com know how para assumir o Lar São Vicente de Paulo.
02. Por que o Lions ainda não emitiu nota oficial dando sua versão sobre o ocorrido?
Respondendo questões como "Por que houve a intervenção que os afastara?", "Por que retiraram do seu estatuto o cuidado com idosos dentre suas atribuições?", "Nunca houve prestação de contas do dinheiro recebido?",... enquanto não vier a público dar uma justa satisfação aos ipuanenses, que grande parte sempre os ajudaram participando de suas ações beneficentes, fica esse "disse me disse" que promove uma divisão da cidade e que em nada contribui para a solução do problema.
Seria uma atitude de respeito aos muitos colaboradores anônimos que
sempre deram crédito ao seu trabalho e uma resposta aos demais cidadãos,
sensibilizados com a questão.
03. Quem ficará responsável pelo estacionamento da Expuã este ano?
É do conhecimento de todos que na Expuã, festa beneficente, parte do lucro com a venda de bebidas era do Lions, e o estacionamento, parte do lucro também, entretanto com uma faixa especificando que tratava-se de verba arrecadada para o Asilo.
O que talvez não seja do conhecimento de muitos é que por ser uma fonte generosa de renda, o estacionamento sempre foi objeto de cobiça por parte de outras instituições, inclusive há anos tem seu lucro dividido com o Fundo Social.
O problema é que estacionamento se é verdade que trata-se do maior lucro dentre as fontes de renda da Expuã, também é o trabalho mais árduo e apenas o Lions se dispôs a assumi-lo, por contar com grande número de voluntários disponíveis para varar madrugada a dentro.
Talvez a Comissão Organizadora da Expuã não tenha pensado nisso mas, o Estacionamento deve ficar sob a responsabilidade do Lions ou da entidade que vier a assumir o Asilo?
4. Como fica a questão do terreno e do prédio?
Salvo engano, e me corrijam quem tiver melhores informações, o terreno onde foi construído o Lar São Vicente de Paulo pertence aos Vicentinos, que toparam a empreita de construir em Ipuã um asilo.
Entretanto, por questões internas, esta entidade que, também salvo engano, apenas em Ipuã mantinha obra semelhante, optou por passar a Direção do Asilo a outros interessados, que após uma ou duas direções, ficou sob a responsabilidade do Lions Club de Ipuã.
A questão é: em caso de uma catástrofe maior e por uma infelicidade o asilo de fato fechar as portas, como fica a questão daquele espaço? Os Vicentinos voltarão a ocupá-lo e arcar com as despesas da manutenção? Será emprestado à outra Instituição? Prefeitura pode alugá-lo para destinar alguma repartição ao local?
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