sábado, 5 de abril de 2014

Com o giz na mão.

Episódio de hoje: Amizades.


A carreira docente também proporciona a nós professores a possibilidades de conhecer novos colegas de trabalho.

E da aproximação com outros colegas invariavelmente surgem, por afinidade, amizades que podem durar mais tempo que o intervalo de tempo em que trabalhamos juntos.

Mesmo quando mudam de horário, de escola, ou mesmo de profissão, fica ainda o contato com companheiros e companheiras de escola, facilitado pelas redes sociais.

Não vou citar os inúmeros amigos e amigas que fiz e faço ao longo da carreira pelo receio de esquecer alguém e cometer uma tremenda injustiça.

Mas são vários exemplos ao longo destes 15 anos de sala de aula.

Apesar de não gostar do ambiente de sala dos professores, muitas vezes estragado por culpa de um ou outro, reconheço que ao evitá-la durante muito tempo perdi ótima oportunidade de estreitar laços de amizade com outras pessoas.

Assuntos aleatórios, besteiras, reclamações, troca de experiências, futebol, enfim, uma gama de assuntos dentro dos 15min de intervalo, das reuniões de planejamento e em alguns casos nas conversas de botequim.

E até porque professor é um ser humano como outro qualquer, acontece com a gente muitas vezes de perguntar a algum colega se ele sabe se aquela professora nova na escola é, além de bonita, também solteira. Ou se aquela outra largou do namorado? Até mesmo se a mãe daquele menino é mãe solteira? ou divorciada?

E quem sabe assim não nasce dentro do ambiente escolar alguma relação que ultrapasse os limites da amizade?

Não é o ambiente mais propício, admito, mas assim como médicos e juízes cuja atividade diária os limita a conhecer apenas pessoas do trabalho e assim acabam se relacionando entre si, com professor parece ser o mesmo caso.

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