O "Gabo", como era chamado o
Colombiano, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1982, que entre vários
clássicos da literatura mundial, escreveu "Cem anos de solidão",
livro de cabeceira deste que vos escreve diariamente.
Curiosamente esta obra chegou em mim por
vias tortas.
O ano era 1998, eu então universitário
querendo mudar o mundo, participei de uma manifestação em São Paulo promovida
por vários campi das Unesps de todo Estado em favor de verbas para o ensino
público superior paulista.
Entre piquetes e discursos na porta da
reitoria, acheguei até a livraria da Unesp, na Brigadeiro Luís Antônio, e
olhando os títulos expostos na vitrine, um me chamou a atenção: Cem anos de
solidão.
O título forte foi minha primeira
impressão, o que me chamou a atenção, o que me fez ter vontade de ler; sem ao
menos desconfiar que estava diante de um dos maiores clássicos da literatura
mundial.
E foi com grata satisfação que no natal
daquele ano minha mãe me presenteou com um exemplar do livro, que devorei em
pouco mais de uma semana.
A fascinante história da família Buendía
na fictícia Macondo e toda a sorte de fantasias que acontecem com os patriarcas
e seus descendentes ao longo de 1 século de história retratada apresentaram-me
ao universo maravilhoso do Realismo Fantástico (também chamado de Realismo
Mágico), uma fonte que no Brasil foi bebida por autores como Jorge Amado (Dona
Flor e seus dois maridos), Érico Veríssimo (Incidente em Antares) e José
Cândido de Carvalho (O Coronel e o Lobisomem).
E na TV, pelo imortal Dias Gomes
(Saramandaia).
Cem anos de solidão certamente figura em
todas as listas de 100 livros para se ler antes de morrer.
Não procure racionalismos na obra leitores
amigos, não os encontrarão. O livro é recheado de elementos, como disse,
fantasiosos e irreais que como bem disse Zuenir Ventura, às vezes "parece
que estamos bêbados lendo o livro”, tamanho os absurdos narrados.
Espero ter atiçado sua curiosidade caro
leitor, para conhecer a obra deste excelente escritor que deixou o mundo na
data de ontem e assim sua obra permaneça eterna, já que ele não pode, pelo
menos em carne e osso, sê-lo.
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