sexta-feira, 18 de abril de 2014

A morte de Gabo.

Morreu no dia de ontem o escritor Gabriel Garcia Márquez.

O "Gabo", como era chamado o Colombiano, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1982, que entre vários clássicos da literatura mundial, escreveu "Cem anos de solidão", livro de cabeceira deste que vos escreve diariamente.

Curiosamente esta obra chegou em mim por vias tortas.

O ano era 1998, eu então universitário querendo mudar o mundo, participei de uma manifestação em São Paulo promovida por vários campi das Unesps de todo Estado em favor de verbas para o ensino público superior paulista.

Entre piquetes e discursos na porta da reitoria, acheguei até a livraria da Unesp, na Brigadeiro Luís Antônio, e olhando os títulos expostos na vitrine, um me chamou a atenção: Cem anos de solidão.

O título forte foi minha primeira impressão, o que me chamou a atenção, o que me fez ter vontade de ler; sem ao menos desconfiar que estava diante de um dos maiores clássicos da literatura mundial.

E foi com grata satisfação que no natal daquele ano minha mãe me presenteou com um exemplar do livro, que devorei em pouco mais de uma semana.

A fascinante história da família Buendía na fictícia Macondo e toda a sorte de fantasias que acontecem com os patriarcas e seus descendentes ao longo de 1 século de história retratada apresentaram-me ao universo maravilhoso do Realismo Fantástico (também chamado de Realismo Mágico), uma fonte que no Brasil foi bebida por autores como Jorge Amado (Dona Flor e seus dois maridos), Érico Veríssimo (Incidente em Antares) e José Cândido de Carvalho (O Coronel e o Lobisomem).

E na TV, pelo imortal Dias Gomes (Saramandaia).

Cem anos de solidão certamente figura em todas as listas de 100 livros para se ler antes de morrer.

E de fato é daqueles livros que a gente tem de ler nesta vida.

Não procure racionalismos na obra leitores amigos, não os encontrarão. O livro é recheado de elementos, como disse, fantasiosos e irreais que como bem disse Zuenir Ventura, às vezes "parece que estamos bêbados lendo o livro”, tamanho os absurdos narrados.

Espero ter atiçado sua curiosidade caro leitor, para conhecer a obra deste excelente escritor que deixou o mundo na data de ontem e assim sua obra permaneça eterna, já que ele não pode, pelo menos em carne e osso, sê-lo.

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