sábado, 26 de abril de 2014

Com o giz na mão (republicação).

Eu já quase joguei o giz fora.

Talvez a maioria dos leitores deste Blog não saiba mas (dos 9, acho que uns 2 ou 3 sabem disso), certa vez quase abandonei a carreira.

E por conta própria!!!

Corria o ano de 2009, final do ano para ser mais exato.

Mil dúvidas sobre a carreira, se valia a pena continuar ou mudar de profissão.

Alunos desinteressados, salário aquém daquilo que sempre sonhou, abandono da Educação por parte dos governantes, enfim, tudo conspirava para eu deixar de ser professor e seguir nova profissão.

A questão era: Qual?

Publicidade e Propaganda era a que eu mais pensava. Direito, a que me daria mais dinheiro certamente. Até Turismo eu pensei.

Havia ainda a ideia de enfiar a cabeça no marketing político (um projeto que cheguei a ensaiar anos atrás).

Seja o que eu escolhesse uma coisa era certa: teria de fazer uma nova faculdade.

Aí pensei: com 30 e poucos anos fazer vestibular, entrar na faculdade, enfrentar semana de prova, etc etc etc.

Ó dúvida cruel.

Eis que ouvindo a rádio CBN, o consultor Max Geringer responde a dúvida de um ouvinte sobre a mudança na carreira. Era algo bem parecido com o que eu estava vivendo.

Ele respondeu mais ou menos assim:

- "Se você está numa estrada esburacada, cheia de curvas, muito pedágios, enfim, uma estrada ruim; olha ao seu lado e vê uma estrada perfeita, asfalto lisinho, sem pedágios, poucas curvas, você fica com vontade de mudar de estrada. A questão é: pra onde essa outra estrada vai te levar?".

Brilhante metáfora, entendi que não importa o caminho, mas o destino.

Não adianta tentar um outro caminho se você não tem ao certo onde quer chegar.

Será que eu seria um Washington Olivetto? Chegaria a Juiz? Viajaria o mundo todo? Seria o "Duda Mendonça do interior paulista"?

Tudo era muito incerto.

Deixar de ser professor pra buscar, em outra profissão, dinheiro e realização profissional era um risco.

Melhor tentar como Professor mesmo.

Precisei ouvir de um especialista no assunto, um cara estudado e tudo mais, o que João Mineiro e Marciano já dizia lá nos anos 80: "Não adianta nem tentar novos caminhos. Quando é fácil consertar a velha estrada".

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