Episódio de hoje: Professores adidos.
Professor adido é aquele que é efetivo mas
não tem classe ou aula.
Ocorre quando se convoca candidato aprovado
no concurso porque naquele ano se fazia necessário e no ano seguinte há
fechamento de salas.
Na minha passagem pelo Depto Municipal de
Educação sempre procurei evitar este tipo de situação tão desagradável para o
professor.
De que maneira?
Sempre deixava uma "margem de
erro".
Caso houvesse 20 aulas disponíveis de
determinada disciplina, o número mínimo exigido para que se convoque candidato
(efetivo) do concurso, o simples fechamento de uma classe no ano seguinte
bastaria para este profissional se tornar adido.
Então eu só convocava do concurso quando
houvesse um número maior que 20 aulas, 24 ou 26, por exemplo.
O mesmo com o PEB1.
Sempre deixava uma sala "vaga" (ou
seja, sem professores efetivos) destinada aos professores do processo seletivo
simplificado, para caso houvesse fechamento de salas no ano seguinte, não
houvesse professores adidos.
Vinha tudo dando muito certo até o Jurídico
e o RH implicar que não estava dentro da legalidade.
Ainda sob minha gestão extinguimos esta
"margem de erro".
Mas nem tudo foram flores...
Quando o ex Prefeito Itamar decidiu
transformar nosso Ensino Fundamental de 8 para 9 anos, antes do prazo da lei
federal, abrimos inúmeras salas no Ensino Fundamental com alunos egressos do
antigo "Pré Escola", e o preço disso foi o fechamento de salas da
Educação Infantil.
Com isso tivemos umas 5 ou 6 professoras
efetivas sem salas de aula, mas que foram alocadas nas salas "vagas"
em razão de afastamento de professoras.
Com ainda haveria duas professoras sem sala
alguma, optamos por alocá-las em salas do recém criado 1º ano (chamado na época
de classe inicial).
Como era mais vantajoso estar no 1º ano,
quem teve o direito de optar se queria ir para lá ou não foram as duas
primeiras da lista de pontos, garantindo assim os privilégios dos primeiros
colocados.
Tudo às claras, passado de maneira
transparente aos docentes e agindo sempre com sinceridade com eles.
Talvez por isso esta confusa atribuição de
aulas do ano de 2006 não teve um único incidente, uma única reclamação por
parte dos colegas docentes.
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