domingo, 9 de fevereiro de 2014

Nos palanques da vida.

Episódio de hoje: Professores adidos.


Professor adido é aquele que é efetivo mas não tem classe ou aula.

Ocorre quando se convoca candidato aprovado no concurso porque naquele ano se fazia necessário e no ano seguinte há fechamento de salas.

Na minha passagem pelo Depto Municipal de Educação sempre procurei evitar este tipo de situação tão desagradável para o professor.

De que maneira?

Sempre deixava uma "margem de erro".

Caso houvesse 20 aulas disponíveis de determinada disciplina, o número mínimo exigido para que se convoque candidato (efetivo) do concurso, o simples fechamento de uma classe no ano seguinte bastaria para este profissional se tornar adido.

Então eu só convocava do concurso quando houvesse um número maior que 20 aulas, 24 ou 26, por exemplo.

O mesmo com o PEB1.

Sempre deixava uma sala "vaga" (ou seja, sem professores efetivos) destinada aos professores do processo seletivo simplificado, para caso houvesse fechamento de salas no ano seguinte, não houvesse professores adidos.

Vinha tudo dando muito certo até o Jurídico e o RH implicar que não estava dentro da legalidade.

Ainda sob minha gestão extinguimos esta "margem de erro".

Mas nem tudo foram flores...

Quando o ex Prefeito Itamar decidiu transformar nosso Ensino Fundamental de 8 para 9 anos, antes do prazo da lei federal, abrimos inúmeras salas no Ensino Fundamental com alunos egressos do antigo "Pré Escola", e o preço disso foi o fechamento de salas da Educação Infantil.

Com isso tivemos umas 5 ou 6 professoras efetivas sem salas de aula, mas que foram alocadas nas salas "vagas" em razão de afastamento de professoras.

Com ainda haveria duas professoras sem sala alguma, optamos por alocá-las em salas do recém criado 1º ano (chamado na época de classe inicial).

Como era mais vantajoso estar no 1º ano, quem teve o direito de optar se queria ir para lá ou não foram as duas primeiras da lista de pontos, garantindo assim os privilégios dos primeiros colocados.

Tudo às claras, passado de maneira transparente aos docentes e agindo sempre com sinceridade com eles.

Talvez por isso esta confusa atribuição de aulas do ano de 2006 não teve um único incidente, uma única reclamação por parte dos colegas docentes.

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