domingo, 16 de fevereiro de 2014

Nos palanques da vida.

Episódio de hoje: Política de alianças.


Quando ingressei na Câmara Municipal de Ipuã, o discurso que a gente ouvi nos bastidores da nossa administração era: Nós x Eles.

Por "Nós" entende-se, situação; e por "Eles", oposição.

Um discurso coeso que sobreviveu muito bem ao 1º ano da nossa legislatura.

Choques inevitáveis, desgastes, diferenças, rusgas, intrigas e muito mais, fizeram por embaralhar o "Fla x Flu" ao longo do 2º ano daquela legislatura.

Fui o 1º a deixar o "Nós", por razões que explico em outra ocasião.

Como nunca gostei da dicotomia que imperava na câmara (Nós x Eles), optei pela 3ª via: independente.

Votava como achava que deveria, não para concordar com a situação ou discordar dela.

Agi assim, por exemplo, com o projeto que criava a taxa de iluminação pública, votando contrário à lei por entender que era ilegal.

Outros vereadores também optaram mais tarde pela independência até quando conseguimos um bloco de 5 vereadores no nosso partido para abrir uma forte dissidência.

Forte, porém responsável, jamais prejudicamos os cidadãos em nome do "quanto pior melhor".

Em uma análise superficial da atual legislatura, parece ocorrer o mesmo fenômeno, ainda não sei se são casos isolados ou o princípio de uma debandada.

Ou mesmo se não passa de fogo fátuo.

O tempo dirá.

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