Não gosto do Faustão.
Reconheço que seja um grande
apresentador. Sem trocadilho.
Mas a mania de não deixar o
entrevistado falar, somado ao fato de que todo mundo para ele é "o melhor
de todos os tempos", "tanto no pessoal como no profissional",
confesso, me chateia.
Por essas e outras, não o
assisto.
Mas hoje foi diferente...
Sabia que iria ninguém menos que
Walter Casagrande Jr, o Casagrande do Corinthians, Seleção e da Globo.
O "Casão", como tantas
vezes ouvi meu pai, na minha infância corinthiana, referir-se àquele rapagão
desengonçado, rebelde e fazedor de gols que tantas alegrias nos dava.
Foi dele hoje o quadro
"Arquivo confidencial".
E como não poderia ser
diferente, falou sobre sua luta para superar o vício.
Luta que já o tirou do ar e que
custou o desmantelamento de sua família.
O último depoimento foi do filho
caçula do Casão.
Comovente.
Coisa pra se passar como vídeo
educativo nas escolas, como exemplo aos jovens.
Deveria ser visto pelos
manifestantes da "Marcha da Liberdade".
O garoto fala sobre o pai tão
presente e que aos poucos foi se ausentando.
De melhor amigo, o garoto disse
que chegou a sentir raiva.
Mas que espera que seu pai possa
reconquistá-lo novamente e voltarem a ser melhores amigos.
Confesso que me deu um nó na
garganta.
Na hora, achei de mau tom, a
Globo ter usado uma opinião tão pessoal e íntima de um garoto, afirmando coisas
que só deveriam ser ditas em uma sessão de análise, e não para o país todo.
Aí, vira o Casão e diz algo mais
ou menos assim:
- "No começo, fiquei triste
com o depoimento. Mas agora vejo que tenho mais um objetivo na vida: reconquistar
meu filho".
Eu que já era fã dele, fiquei
fã².
Pois é Faustão, esse sim,
"tanto no pessoal quanto no profissional", merece todos os elogios a
ele dispensados.
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