terça-feira, 30 de outubro de 2018

Sérgio Moro não deve assumir Min da Justiça.

O verbo "dever" do título acima pode ser interpretado de duas formas: como uma previsão minha de que ele não aceitará ao convite e também, a uma recomendação minha de que ele não deveria aceitar ao convite.

E por razão legal e ética.

Legal, porque para assumir o cargo de Ministro da Justiça, ele teria de renunciar ao emprego de Juiz Federal, o que cá pra nós seria sandice.

Quem em sã consciência trocaria a estabilidade de um emprego dos sonhos para qualquer advogado por um cargo temporário e instável? Na melhor das hipóteses, seu cargo duraria até o fim do Governo Bolsonaro.

E ético, porque às vésperas do 1º turno, Sérgio tomou uma decisão em relação à delação premiada do ex Ministro Palocci que de certa forma, prejudicou ainda mais a já prejudicada imagem do cabo eleitoral do candidato Haddad.

Aceitar o cargo agora passaria a impressão de que o fez por troca de favores.

Até acredito que não foi o caso, mas a mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta.

Já para uma futura vaga de Ministro no STF, o Capitão Presidente poderia perfeitamente indicá-lo, para horror dos juristas e do judiciário em geral que não vê essa nomeação com bons olhos. Por que será?

Como há a previsão de que ao longo do Governo Bolsonaro, 2* Ministros do STF se aposentarão, o Capitão terá a chance de fazer o que promete e nomear pessoas por competência e não indicações fisiológicas.

Aliás este Blog mesmo já sugeriu tempos atrás nomes como Marcelo Bretas, Dentan Dalagnol e Gabriella Hardt.

Seria bom ter no STF a "Turma da Lava Jato".

*Corrigido.

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