terça-feira, 23 de outubro de 2018

Pra não dizer que não falei da flor.

Marina Silva é referência para mim há muitos anos.

Pela sua história de vida, pela sua trajetória política e por suas ideias.

É das raras pessoas da vida pública que conseguiu atravessar um chiqueiro se sujar. Aliás, sem ao menos pegar o mau cheiro, o que quase sempre acontece com atravessa esse ambiente.

Por essa razão votei nela em 3 oportunidades: 2010, 2014 e 2018. E votaria tudo de novo, se pudesse voltar no tempo.

Sofri com a campanha criminosa feita em 2014, por pessoas que hoje desfrutam da hospitalidade do sistema carcerário brasileiro ou esperam para ser alcançadas pelo longo braço da Lava Jato.

Padeci nessa eleição com a desidratação de votos que levará à fusão do seu partido a outro, se quisermos sobreviver.

Digo "quisermos" porque sou um dos fundadores da rede em Ipuã, onde estamos fazendo uma trabalho de formiguinha com vistas às eleições futuras em nossa cidade.

Continuo admirando Marina Silva pelo o que ela representou e representa, e não por outro motivo, respeito a decisão pessoal dela de votar em Fernando Haddad, apesar de discordar.

Ainda que, na visão dela e eu, repito, respeito inteiramente, Bolsonaro represente uma ameaça ao que ela defendeu na política, um Brasil "economicamente próspero, politicamente democrático, socialmente justo e ambientalmente sustentável", mas daí a achar que Fernando Haddad se aproxima desse modelo, entendo ser um abismo enorme.

O tal "voto crítico" que ela alega estar dando, nada mais é do que o "voto anti" mascarado com um nome mais chique.

Eu, em seu lugar, teria permanecido neutro.

Mas como disse, a decisão foi dela, pessoal, de foro íntimo, cabendo a mim não outra coisa a não ser respeitar.

Como respeito quem escolheu um ou outro e também quem não vai escolher nenhum.

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