terça-feira, 30 de outubro de 2018

Geraldo Alckmin, o 2º maior derrotado nas eleições 2018.

Senhor absoluto do estado por 3 eleições: 2002, 2010 e 2014. Vencendo duas delas no 1º turno.

Antes, havia herdado o Governo com a morte de Mário Covas. Portanto, foi Governador por 4 vezes e quem mais ocupou a cadeira no Estado de SP.

Disputou o 2º turno contra Lulla em 2006 e, abandonado pelo partido, obteve menos votos no 2º turno que tivera no 1º.

Ajudou a eleger seu sucessor, José Serra em 2006 (Governador), antes já havia ajudado a elegê-lo Prefeito da Capital, em 2004.

Mas seu maior feito mesmo foi ter contribuído sobremaneira, com seu empenho, carisma e máquina pública, para eleger um apresentador de talk show e lobista, prefeito da maior capital da América do Sul.

Firmou-se como liderança nacional.

Tanto que se cacifou para lançar-se candidato à Presidência em 2018, acreditando que a polarização com o PT ainda era com o PSDB.

Vendeu a alma ao chamado "centrão" em troca de tempo de TV e, caso eleito, certamente, cargos e emendas para os partidos que o apoiavam.

Antes no entanto, cabe ressaltar que o afilhado político, lobista e apresentador de talk show, tentou lhe passar a perna, tirando dele a vaga de candidato ao Planalto.

Avisado das pretensões do afilhado, Geraldinho se armou e evitou o golpe, fazendo com o afilhado conseguisse a vaga de candidato ao Governo de SP, o que ele, Geraldo, não queria (nem ninguém do PSDB), e teve que engolir.

Desde então, os dois não se deram. Um, pouco ajudou na eleição do outro.

A diferença é que o lobista foi eleito, enquanto o padrinho, amargou uma derrota vexatória.

Pela 1ª vez desde 1994 o PSDB não foi protagonista em uma eleição Presidencial.

Abandonado pelas lideranças do partido, Geraldo amargou um 4º lugar com pouco mais de 4% dos votos. Pouco, para um partido que esteve em todos os 2º turnos disputados pós redemocatização, exceto em 1989.

Teve que ouvir do afilhado que receberia dele um "voto solidário" e rebateu chamando-o de "traidor" na primeira oportunidade, e apesar de não apoiá-lo, o malandrinho elegeu-se Governador.

Seu partido agora junta os cacos.

O Governador eleito de São Paulo não medirá esforços para tomar o partido para si, valendo-se do vácuo do poder deixado pelo afastamento das grandes e antigas lideranças, seja por motivos de saúde, seja por derrotas eleitorais, seja pelos tentáculos da Lava Jato.

Caso não consiga tomar o partido, o garoto mimado o deixará, migrando para outra legenda oportunista afim de consolidar seu projeto maior, impedido em 2018: a Presidência.

Seja ficando no partido e tomando-o para si, seja saindo do partido e rachando ainda mais o ninho tucano, esse misto de Lex Luthor com o Cérebro (do Pink e Cérebro) foi a vitória que derrotará o PSDB.

E Geraldo assistirá a tudo quase impotente e lamentando: o que eu fui fazer com o meu partido?

Assim como Quércia cavou sua cova política ao eleger Fleury ao invés do Dr Pinotti, Geraldo Alckmin fez seu velório político no dia em que optou por lançar João Dória, como Prefeito de São Paulo, ao invés de Andrea Matarazzo.

Pudesse voltar no tempo não tenho a menor dúvida que Geraldo Alckmin deixaria apresentando programas de talk show e fazendo lobby com empresas do Brasil e do exterior, aquele sujeito que aparentando ser bom moço, conquistou o apoio daquele que um dia foi o mais importante político do Glorioso Estado de São Paulo.

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