segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Entre um e outro, eu escolhi nenhum.

Terminada as eleições e confirmado o 2º turno residencial entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, manifestei no feicebuqui a minha opção pelo voto nulo.

Quem me conhece o mínimo sabe que essa seria a minha opção.

Quem me conhece um pouco melhor sabe que votei assim nos 2º turnos Presidenciais de 2010 (Dilm x Serra) e de 2014 (Dilma x Aécio).

E quem me conhece bem sabe que só votei com a emoção no 2º turno de 2006, quando decepcionado com Lulla e o PT em razão do mensalão, votei com raiva em Geraldo Alckmin naquela ocasião pela única vez na vida que digitei um nº 45 em uma urna eletrônica.

Curioso é que declarar voto nulo a gente apanha dos dois lados.

Mais curioso ainda que com o mesmo argumento falacioso de que "votando contra estou ajudando a eleger o..." e aqui a história se divide:

- Bolsonaristas dizem que, votando nulo, estou ajudando a eleger o corrupto do Haddad.

- Haddadistas dizem que, votando nulo, estou ajudando a eleger o fascista do Bolsonaro.

Quando na verdade a cegueira mental que se abateu no país polarizado os impede de ver o óbvio: Votar nulo não ajuda nenhum dos 2 candidatos.

A única forma de ajuda "um" ou "outro" é votando no "outro" ou no "um".

Se eu estivesse indeciso entre votar no Haddad ou votar nulo, tudo bem, anular meu voto ajudaria o Bolsonaro. Se eu estivesse indeciso entre votar nulo ou no Bolsonaro, idem.

Mas não é meu caso.

Estou decidido desde antes da eleição a anular de novo por uma razão muito simples: nenhum dos dois atendem àquilo que eu desejo para meu país. O que não significa que eu esteja certo, apenas que foi a minha decisão da qual posso me arrepender um dia.

E acredito piamente que democracia é votar em quem você quiser, SE você quiser.

E já que não há voto facultativo (e Marina Silva propôs isso em seu plano de Governo), a própria urna eletrônica me dá o direito de anular ou votar em branco, coisa que, repito, farei para Presidente dia 28 próximo.

Aí ouço absurdos no sentido de tentar me demover da ideia, do tipo:

"Vote para o país não virar uma Venezuela", "Vote para não voltar a Ditadura".

E a pior de todas: "Se não escolher alguém não tem direito de reclamar depois".

Por favor... já fomos mais inteligentes...

O Brasil não vai virar Venezuela, nem voltaremos à Ditadura Militar.

E se uma pessoa que trabalha, gera renda para o país, vive em dia com suas obrigações de cidadão não pode reclamar porque entendeu que nenhum dos dois candidatos que sobraram lhe serve para Governar o país, então Venezuela e Ditadura Militar já chegou aqui há muito tempo.

E para pensar na cama:

Defender liberdade de expressão é defender a cada um o direito de escolher seu candidato e manifestar. E também, não escolher nenhum, e manifestar.

Prova disso que nunca critiquei ninguém por ter escolhido A, B, C ou nenhum. Sobretudo publicamente em redes sociais.

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