O desabafo de uma mãe sobre a qualidade do veículo que transporta sua filha para faculdade de Ribeirão Preto conseguiu mais que curtidas e comentários nas redes sociais.
Revelou um problema que até então era pouco conhecido pela população ipuanense: a má qualidade dos veículos de transporte de alunos.
Fui usuário desse serviço durante 2 anos e, salvo quebras eventuais e um ou outro veículo em mau estado usado esporadicamente por razões emergenciais, nunca tive do que reclamar. O transporte era feito com uma van muito boa.
Mas pelo visto era exceção e não a regra.
Para Ribeirão Preto são duas linhas de transporte universitário diárias e enquanto a que eu usava corria tudo bem, a outra pouco a pouco caminhava para a situação atual, relatada pela mãe de uma aluna e corroborada por vários alunos.
Esse ano agravado, segundo uma fonte que eu garanti anonimato, pelo fato de que o ônibus usado nessa outra linha encontra-se desde dezembro do ano passado em uma oficina de Ribeirão Preto à espera não de peças ou de consertos, mas de uma garantia à oficina de que o serviço será pago.
Serviço esse que ao que parece o milionário orçamento ipuanense não havia colocado entre seus gastos, o conserto do câmbio do ônibus. Rumores dão conta de que recentemente saiu o empenho para cobrir tal despesa.
Enquanto isso no pátio do almoxarifado, 2 ônibus fundidos não foram substituídos na frota.
Frota que nessa Administração municipal não fez questão de crescer muito.
Entre compras e veículos ganhados para transporte de alunos: 3 micros (transporte rural), 1 ônibus urbano e 1 van.
Tudo porque terceirizaram o transporte universitário na maioria das linhas e entenderam por bem deixar de renovar a frota.
O diabo é que não terceirizaram todas as linhas. E que mesmo terceirizado, uma cidade como a nossa carece de um bom número de veículos de transporte coletivo em bom estado de conservação. Sempre foi assim.
A revolta das mães com a qualidade dos veículos que transportam seus filhos é plenamente justificável.
Mas atento para algo muito maior, o descaso com a renovação e manutenção da frota. Em razão da terceirização que "desobrigou" nossos gestores de se preocupar com essa questão.
Não ter dinheiro para pagar o conserto de um câmbio é daquelas notícias que a gente adoraria usar esse espaço para desmentir, dizendo que uma resposta oficial apontou que não é verdade e que eu errei a informação.
A eventual vergonha de corrigir uma informação não será maior que a vergonha de saber que minha cidade passa por um constrangimentos assim.
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