domingo, 22 de junho de 2014

Nos palanques da vida.

Eu era vereador quando a lagoa da cidade secou.

Isso foi nos idos de 2001 ou 2002 (Nota do signatário: sempre quis dizer a frase "nos idos de tal ano" mas nunca havia tido oportunidade antes, certamente em razão de não ter idade suficiente para relatar algo acontecido nos idos de alguma longínqua, o que nem é o caso pois 2001 foi agora a pouco) quando uma forte estiagem secou o riacho e também diminuiu o lençol freático que a abastece.

Resultado: lagoa seca.

Recordo que na Câmara discutimos muito sobre as alternativas para revitalizar a lagoa e ideias como um poço artesiano chegou a ser mencionada.

Apesar de ser a solução para o problema da lagoa, o alto custo e o certo desperdício, pois estaríamos usando água que poderia abastecer à população para encher uma lagoa, foram argumentos incontestes para abortar a ideia.

Este ano presenciamos a maior estiagem dos últimos 50 anos segundo especialistas e a lagoa começa a dar sinais de que pode secar antes do período das chuvas, previsto para setembro/outubro.

Os sinais começaram quando o lago da prefeitura secou, infelizmente acredito que de maneira irreversível, e a tentativa fracassada de enchê-lo com água da lagoa que serviu apenas para virar chacota municipal a ponto de ninguém reclamar a paternidade da ideia.

Acompanho a seca da lagoa palmo a palmo com profunda tristeza, sobretudo por saber que pouca coisa pode ser feita para evitar.

Torço para que neste ano de 2014 a lagoa da cidade, um dos cartões postais do município, não tenha o mesmo destino que nos idos de 2001.

OBS: A série a série "Nos palanques da vida" sai em recesso, igual ao Congresso Federal mas sem o salário que lá recebem, voltado após as férias de julho.

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965.

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