segunda-feira, 16 de junho de 2014

Meu Everest pessoal.

Diz a lenda que o primeiro homem a escalar o Monte Everest, ponto mais alto da Terra, ao atingir o cume tirou um banquinho da mochila e sentou-se.

Nada disse, apenas ficou contemplando a paisagem nunca antes atingida por outro vivente.

E depois disso, nunca mais escalou montanha alguma.

E o que me pergunto: o que mais deveria fazer um alpinista de profissão após escalar o Everest?

Escalar de novo? Penso que não teria a menor graça.

Curioso como que a emoção de uma conquista com ares de façanha, de epopeia, vem sempre acompanhada pela frustração do final, da certeza de que fazer de novo não vai ter graça, e fazer melhor (ou mais difícil) não terá como.

O que almejar após vencer um prêmio Nobel? Um Oscar? Uma medalha de ouro olímpica?

Ganhar outro(a) igual???

Não sei se nestes casos a quantidade de conquistas seja o Everest dos vencedores.

Todos nós temos nossos Everests pessoais.

O do blogueiro, violonista frustrado que é, segue abaixo.

Gosto de sonhar que um dia, após anos a fio ensaiando as peças tão facilmente tocadas pelo genial Toquinho no vídeo abaixo, o Blogueiro tenha sua chance de executá-las para uma multidão e após os aplausos entusiasmos e o coro por bis da plateia, o Blogueiro nada diz, apenas quebra seu violão e nunca mais volta a tocar novamente.

Talvez seja por isso que eu não queria aprender: para não estragar meu violão e ainda, privar as pessoas da minha música.


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

959.

Blog rumo à 1000ª postagem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário