Nada disse, apenas ficou contemplando a paisagem nunca antes atingida por outro vivente.
E depois disso, nunca mais escalou montanha alguma.
E o que me pergunto: o que mais deveria fazer um alpinista de profissão após escalar o Everest?
Escalar de novo? Penso que não teria a menor graça.
Curioso como que a emoção de uma conquista com ares de façanha, de epopeia, vem sempre acompanhada pela frustração do final, da certeza de que fazer de novo não vai ter graça, e fazer melhor (ou mais difícil) não terá como.
O que almejar após vencer um prêmio Nobel? Um Oscar? Uma medalha de ouro olímpica?
Ganhar outro(a) igual???
Não sei se nestes casos a quantidade de conquistas seja o Everest dos vencedores.
Todos nós temos nossos Everests pessoais.
O do blogueiro, violonista frustrado que é, segue abaixo.
Gosto de sonhar que um dia, após anos a fio ensaiando as peças tão facilmente tocadas pelo genial Toquinho no vídeo abaixo, o Blogueiro tenha sua chance de executá-las para uma multidão e após os aplausos entusiasmos e o coro por bis da plateia, o Blogueiro nada diz, apenas quebra seu violão e nunca mais volta a tocar novamente.
Talvez seja por isso que eu não queria aprender: para não estragar meu violão e ainda, privar as pessoas da minha música.
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Blog rumo à 1000ª postagem!
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