José Mujica é Presidente do
Uruguai.
Uruguai é aquele país
vizinho ao Brasil, antigo território Brasileiro, antigo rival duro no futebol.
Um país que após um período de prosperidade econômica, amargou problemas
financeiros e hoje se reconstrói aos poucos.
E onde entra o Mujica nisso
tudo?
Não conheço a fundo a
política nem a economia Uruguaia, portanto não sei se suas ações estão sendo
acertadas ou não, o que me chama a atenção no Mujica são os exemplos que ele dá
aos demais países sulamericanos.
José Mujica é um governante
de esquerda, como a maioria dos estadistas da América do Sul, e talvez por isso
seus exemplos sejam ainda mais emblemáticos.
O Presidente dispensou
seguranças e motoristas. Ele próprio vai onde tem que ir dirigindo seu próprio
carro. Detalhe da frase: seu próprio carro. Sim, ele não usa carro oficial,
aliás nem casa oficial; Mujica mora em sua própria residência (uma chácara na
periferia de Montevidéu) dispensando a casa oficial usada pelos Presidentes
antecessores.
Abriu mão também do salário,
que ele doa para um fundo que ele criou destinado à construção de casas para
famílias pobres.
Entre suas ações liberais,
estão: a legalização do aborto e da maconha, cujo mérito não será discutido
aqui, apenas mostrado como exemplo de política liberal sem precedentes entre
nossos tristes trópicos.
Assim como as denúncias de
que só liberou a maconha por meio de lobby realizado por mega investidores.
Agora o Presidente anuncia
que, deixando a Presidência, adotará 40 crianças e jovens. Uns chamarão de
demagogia, outros que não passa de um fanfarrão, e também quem o chamará de
idealista e humanitário.
Entre frases célebres deste
atípico Presidente:
Vamos investir primeiro em
educação, segundo em educação, terceiro em educação. Um povo educado tem as
melhores opções na vida, e é muito difícil que os corruptos mentirosos os
enganem.
Agora somos mais humildes,
modestos e nos damos conta de que devemos plantar muita cultura, porque só com
cultura e conhecimento é possível construir uma sociedade melhor.
Se eu tivesse muitas coisas,
teria que me ocupar com elas. A verdadeira liberdade está em consumir pouco.
Eu não estou de acordo com
Bertolt Brecht, porque não existem homens imprescindíveis senão por causas
imprescindíveis.
Quantas vezes já ouvimos
frases parecidas de governantes brasileiros? Muitas. Então porque acreditar
nele?
Porque ele talvez seja o
único até hoje cujo exemplo estava em consonância com as palavras.
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