segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

The last good bye.

Era pra ter saído no sábado, como episódio da série "Com o giz na mão"; segue hoje, como texto "normal".


Era mais um adeus como tantos outros que já fiz na vida.

Turma de 3º médio, me despeço deles pois não mais nos encontraremos dentro de uma sala.

Fiz como sempre faço: aviso que quando deixar aquela porta não será "tchau", mas "adeus"; dou a palavra a eles para caso queira me dizer algo, caso queiram que eu peça desculpas por algo que tenha feito etc etc... Ninguém quis falar nada, como sempre, e falei eu.

Comecei pedindo desculpas a todos por qualquer ato ou palavra minha ao longo dos 3 anos, falando do meu empenho com ele, tudo dentro do roteiro.

Não sei exatamente qual a razão, ou talvez saiba mas não consigo explicar, mas ao me despedir daqueles meninos e meninas, começaram a passar dois filmes na minha cabeça: um da minha história com eles, problemas, alegrias, tristezas, surpresas e boas histórias; o outro, meu filme pessoal, comecei a lembrar de mim mesmo quando era estudante e tinha idade deles.

E então o improvável aconteceu: eu chorei.

Não tanto quanto eles, que alguns já estavam em prantos logo no começo da fala, mas um nó na garganta me impedia a fluência do discurso e algumas lágrimas marejaram em meus olhos. Bem discreto, mas o bastante para me "envergonhar", afinal nunca havia chorado antes perante uma sala.

Encerrei com uma "música/lição de vida" especialmente escolhida e a frase de despedida que sempre uso em todas as salas de 3º médio em todos os anos desde que comecei a dar aula.

Frase que pela primeira vez foi registrada com uma foto (que não vi sendo tirada) e que reproduzo abaixo.


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