Aos alunos concluintes do 3º Médio do
Colégio Irum Curumim Guaíra/SP,
Disse um escritor certa vez que "Tu te
tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", e talvez por isso
nós, professores, nos sentimos tão responsáveis por vocês. Nossa missão é de
cativá-los, para assim poder passar a vocês um pouco do que sabemos, aprendemos
e vivemos.
E após 3 anos de boa convivência, apesar de
atritos inevitáveis, afinal "é preciso que suporte duas ou três lagartas
se quiseres conhecer as borboletas" foi chegado o momento de deixá-los
partir.
Ficamos nós com o misto de tristeza e
alegria.
A primeira, pelo fim de um relacionamento,
justo agora que nos conhecíamos tão bem, que sabíamos de seus medos, anseios,
sonhos, defeitos, manias.
A segunda, por saber que estão prontos para
enfrentar este mundo, pois o alicerce foi bem construído.
E nessa relação de amor entre nós, talvez
nem sempre vista a olho nu, pois "só se vê bem com o coração: o essencial
é invisível aos olhos" se construiu através do tempo e ficará para sempre.
Ainda que ano que vem este professor seja
uma lembrança diária de vocês quando frequentarem as aulas da faculdade, e
daqui 5 anos lembrem-se apenas em ocasiões específicas como uma piada ou quando
ouvirem o nome da minha cidade, e quem sabe em 10 anos eu seja apenas o
"nossa, como era mesmo o nome daquele professor?" e então eu seja
apenas uma lembrança na parede da memória de cada um de vocês.
Terá valido a pena ter feito parte de um
pedacinho de suas histórias.
E se ao me despedir aquele dia de vocês
minha voz embargou e duas ou 3 lágrimas insistiram em não cair, é porque
"a gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar".
E vocês me cativaram.
De seu eterno paraninfo,
orandes.
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