domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nos palanques da vida.

Presenciando o desfecho da greve da PM na Bahia, motivada pela justa reivindicação por melhores salários, lembrei um fato curioso ocorrido em nossa cidade, no ano de 2001 ou 2002, a memória me falha quanto à data. Mas não quanto ao fato!
Recebemos na Câmara um curioso projeto de lei.
Tratava-se do um projeto que abaixava os salários dos monitores de deficientes da escola CEARDI, destinada ao apoio de pessoas portadoras de necessidades especiais.
O nome "monitor de deficiente" foi algo que fiz questão de alterar quando ocupei a pasta da Educação anos mais tarde. Mas isso é outra história.
Confesso que nunca havia ouvido falar em projeto de lei abaixando salário.
A desculpa oficial era que os salários não estavam sendo abaixados, mas reclassificados, alterando a referência de 40 para 35.
Ah tá! E a gente acreditou!?
Curioso é que abaixar salário é inconstitucional, coisa que o advogado da época, por sinal o mesmo de hoje, deveria saber.
No dia da votação, Casa cheia.
Os funcionários do CEARDI foram assistir à sessão.
Nesses dias, nós vereadores dedicávamos com esmero aos discursos, afinal o povo estava presente.
Foi um festival de críticas intermináveis.
Eu mesmo, que já não estava na base de apoio do Prefeito, tratei de falar muita coisa que pensava a respeito do projeto e outros assuntos referentes a maneira como o CEARDI vinha sendo tratado pela Administração Municipal.
Tinha vereador favorável ao projeto, mas não se manifestou.
No fim, votação unânime: 11 x 0.
Projeto rejeitado.
Nunca mais enviaram outro desse nos anos em que fui Vereador.

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