sábado, 18 de fevereiro de 2012

Com o lápis na mão.

Desculpem a falta de critividade.
Mas essa é uma história que postei no antigo blog (por sinal, não deixem de visitá-lo a título de arquivo: www.orandesrocha.zip.net) envolvendo escola e carnaval.
É uma das que eu mais gosto de contar.
Como o blog está em novo endereço, como novos leitores, muita gente não leu.
Como o blogueiro está de ressaca e com preguiça de pensar, vai repití-la, porém devidamente revisada. Mas o fio condutor é o mesmo.
Quem não leu vai ler e quem já leu, ler de novo.
Ou não...
Lá vai:

Essa é mais uma história daquelas...
Eu estava na 5ª ou 6ª série, não me lmebro bem, sei que foi após o carnaval, pois a atividade de Educação Artística consistia nos alunos confeccionar uma máscara carnavalesca.
Foi um festival de pierrôs, colombinas e outras máscaras previsíveis.
Mas previsibilidade era característica que passava longe de mim.
Na hora de fazer a minha máscara, eu recordei de uma reportagem exibida pela Globo, num baile de carnaval, onde o pessoal do Casseta & Planeta (que na época ainda estavam começando, nem tinham programas próprio, apenas matérias especiais), fez a seguinte piada:
"Em rio que tem piranha, jacaré usa camisinha".
Era um trocadinho com o dito popular "Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas", usando a palavra piranha em sentido conotativo.
Pensei então numa máscara de um jacaré, com estes dizeres estampados.
Mas queria fazer surpresa, então disse à professora que minha máscara seria de jacaré.
O que não era mentira, apenas omiti os dizeres que estariam estampados.
E assim eu fiz, e ainda, com a ajuda da professora, que desenhou a bocona do bicho aberta, eu sugeri que ela desenhasse um dos olhos dele fechado, como se estivesse piscando.
Surgiu então uma máscara com um jacarezão piscando um olho (a ideia era dar ao bicho uma certa cara de malícia), com a bocona aberta e os dizeres acima citados.
Passado um tempo, todas as máscaras foram expostas nas paredes dos corredores das escola.
Para a minha surpresa, minha máscara não estava em nenhum mural.
Procurei a professora que disse com todas as letras: Sua máscara foi censurada pela direção da escola!
Nunca soube se foi pela palavra piranha ou pela palavra camisinha.
Costumo imaginar que, por culpa da ignorância e hipocrisia da direção da escola daquela época, a censura deve ter custado a gravidez de muitas alunas incautas quanto aos métodos contraceptivos.
Minha máscara poderia ter sido influência positiva no uso de preservativo, impedindo alguma gravidez indesejada.
Hoje, confesso não saber como tal máscara seria recebido pelo público:
- Ovacionada pela política pública de prevenção às DST's e controle de natalidade.
ou
- Execrada pelo politicamente correto, representado por: Frentes Feministas, Igrejas e IBAMA. Cada um com seus motivos pra condenar a máscara.

2 comentários:

  1. Sacanagem! Você só estava prestando um serviço de saúde pública... mas essa história tem alguma licença poética, apesar de se autobiográfica? anarocha8@hotmail.com

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