segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Riscadas do meu mapa

Nascido e criado em Ipuã, deixei a cidade em uma única ocasião, por motivos de estudos.
Trabalho aqui e em uma cidade vizinha, como já disse várias vezes nesse blog.
Estudo na capital paulista há 2 anos, razão pela qual não envio currículo desde o início do mestrado por uma razão óbvia: falta de tempo disponível caso seja chamado pra trabalhar.
Na profissão de professor, é comum aparecer oportunidades em cidades distantes da cidade natal, o que nos obriga a se mudar.
Se a distância não for tão grande, há uma alternativa viável: viajar a trabalho. E é o que tenho feito há vários anos.
Porém, há cidades em que eu jamais moraria. Repito: jamais!!!
Nem se, nessas cidades, eu conseguisse um emprego com um salário que fosse irrecusável.
Não se trata de cidades conhecidas por sua violência, ou cidades onde o clima e relevo sejam um elemento repulsivos à minha presença, aliás são cidades que sequer conheço pessoalmente e pouca coisa ou quase nada ouvi sobre elas.
O que me faz repugnar tais municípios?
Os nomes das referidas cidades.
Que me perdoem seus moradores que, certamente são, em sua maioria, pessoas de bem, honestas e trabalhadoras, como aqui em Ipuã, mas morar numa cidade com esses nomes e, pior ainda, ter um carro emplacado nela, é demais pra mim.
A 1ª dessas cidades chama-se "Luís Eduardo Magalhães"/BA. Nada contra o Estado, até porque todo brasileiro é baiano também, mas cá pra nós, morar em uma cidade que homenageia um filho de Antônio Carlos Magalhães (ACM), é demais pra mim.
A 2ª, chama-se "Presidente Sarney" e fica, evidentemente, na capitania hereditária da matilha Sarney, o Maranhão.
Eu me recuso a morar numa cidade dessa! Até porque tenho sérias dúvidas sobre o gentílico de seus moradores. Já pensou quando alguém me perguntasse quem nasce em Presidente Sarney é o que?
Eu responderia sem perder a piada: Ladrão.
Correria o risco de ser expulso da cidade, afinal estaria generalizando à toda população a característica de seu patrono, o que não seria justo, embora seja uma piada.
A única coisa divertida seria ter um carro emplacado lá, escolheria a dedo a seguinte placa: Presidente Sarney/MA - BEL 0171.
Traduzindo: Presidente Sarney BEL0 171.
O problema seria o risco do carro roubar no óleo, na quilometragem, na velocidade,...

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