quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O futuro da eleição 2018 está no... Passado!?

Cazuza profetizou lá nos anos 80: "Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades".

Pena que ao contrário do refrão da música, o tempo parece que parou.

Classifico essa como a eleição com um olho no passado.

Uma grande parcela do eleitorado vê as eleições Presidenciais como a possibilidade de voltar a um passado onde supostamente havia ordem, progresso e honestidade.

Quando as pessoas eram felizes, podia sentar nas calçadas à noite e a bandidagem temia a autoridade policial e a classe política era honesta.

Esquecem-se, no entanto, que as coisas não eram bem assim.

O que acontecia não era divulgado por uma razão muito simples: CENSURA.

Liberdades individuais não eram respeitadas, liberdade de expressão era tolhida e quem ousasse ir contra, era sumariamente perseguido e por vezes, preso, interrogado e torturado.

Fora que a classe política também se locupletava, escondidos sob a proteção da censura.

Todos esses anseios simbolizados na figura de um Fanfarrão caricato, sem a menor condição de administrar um país.

Outra parcela, olhas essas eleições com saudade de um passado mais recente.

Tempo de suposta bonança, época em que dizem que puderam comprar seu carro, sua casa e estudar seus filhos.

Se é verdade que esse tempo existiu e muitas dessas benesses foram possíveis, esquecem-se que o mérito foi de uma estabilidade econômica que surfou num período de crescimento econômico mundial, antes de entrar em crise.

Nessa época, enquanto o povo ganhava milhares, a classe política e empreiteiros ganhavam tornavam obsoleto o roubo de milhões, atingindo a cifra do Bilhão.

O aparelhamento do Estado em nome de um projeto de perpetuação no Poder levou a Esperança de um Governo Popular a cair na vala comum dos seus antecessores.

Tirante o aperfeiçoamento do roubo e a novidade da punição para o colarinho branco, essa gente não se difere em nada daqueles que sempre criticaram quando eram oposição.

Todos esses anseios personalizados na figura de um Poste subserviente a um prisioneiro condenado que insiste em se dizer inocente.

E assim chegamos em 2018, em vias de ter o futuro do Brasil com os olhos em um passado que a metade dos eleitores, pulverizados em outras candidaturas e entre brancos e nulos, não desejaria que se repetisse.

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