Na sessão de ontem, uma frase solta em meio à discursos enérgicos insinuou que talvez boa parte dos servidores não soubessem com exatidão o que estava sendo votado ali.
Confesso que discordei de 99% dos argumentos de quem defendia a aprovação do "Pacote de Bondades" que o Prefeito Municipal promoveu para os "ungidos" de sua Administração.
Mas a frase de que os servidores "não sabiam o que acontecia ali", essa eu concordei.
Os servidores não sabiam que a atual Administração Municipal não se preocupa com os salários da maioria de seus funcionários, mas sim com os de uma meia dúzia "mais chegada".
Não sabiam que o argumento usado de "Folha de Pagamento no limite" era na verdade uma grande mentira.
Não sabiam que, quando foi conveniente, desencavaram Meio Milhão de Reais para socorrer os companheiros "prejudicados" pela perda de cargos e portarias.
Não sabiam que mudaram os nomes dos cargos de comissão para "Divisões" e o nome das gerências de serviço para "Função Gratificada" para tentar ludibriar o MP que recomendou o fim dessa prática nefasta.
Não sabiam quais vereadores estariam do lado deles e quais estariam contra.
Não sabiam que não precisam de Sindicato para defender seus direitos.
Não sabiam que unidos têm mais força.
Não sabiam o poder que tem suas vaias, gritos e cartazes.
Não sabiam que juntos conseguiriam acuar um Governo que sempre se achou acima do bem e do mal.
Não sabiam que se um dia fizerem isso na porta da Prefeitura é bem capaz de balançar o Governo.
Não sabiam que o resultado da votação ontem era o que menos importava, o que importava mesmo era a mobilização e mostrar que não são trouxas.
Não sabiam o significado das palavras de Lincoln de que "Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos o tempo todo".
Finalmente... Não sabiam que vinham sendo feitos de bobos.
Sei não não, mas acho que bobo é quem não sabia que eles sabiam disso tudo e agora se cansaram.
Prefeito e Vereadores, se preparem... vem tempestade por aí.
Como bem disse D. Paulo Evaristo Arns: "Não existem derrotas definitivas para o povo".
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