sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

É hoje o dia!

Hoje é o dia da polêmica votação de uma série de Projetos de Lei que beneficiam uma minoria seleta dentro da Prefeitura Municipal de Ipuã.

Minoria que eu chamo carinhosamente de "ungidos".

São praticamente donos de verdadeiros Feudos desde há muitas Administrações. Os ungidos da Prefeitura se mantiveram em cargos comissionados, portarias e gerências por quase 2 décadas às custas de aproximações com Governantes, ou de se fazerem aceitos, ou da lenda de que "sem eles nesses cargos a Prefeitura desmoronaria" e ainda, às custas de um círculo vicioso que nenhum Prefeito teve coragem para encerrar.

Até o Ministério Público resolver, recentemente, acabar com a "farra do boi" que, repito, durava quase duas décadas.

Nada contra apoios políticos para se perpetuar em cargos, infelizmente é do jogo da política. Nada contra se fazerem aceitos, mesmo que para outro Governante que não aquele que votaram/apoiaram, também é do jogo.

Mas o argumento falacioso de que sem "a", "b" ou "c" a "Prefeitura pararia" é no mínimo achincalhar os inúmeros servidores e servidoras que durante anos a fio nunca mereceram atenção dos Governantes e que, tivessem as mesmas oportunidades que os ungidos poderiam perfeitamente fazer igual, senão melhor que aqueles.

E é esse o círculo vicioso que critico.

Como formar servidores aptos para desempenhar importantes funções na Administração Pública se os cursos, os bons salários, horas extras e experiência prática viraram exclusividade de "c", "b" e "a" há quase duas décadas?

Não questiono a competência desses servidores, nem o merecimento. O que questiono é ver Governantes reféns desses servidores, alimentados por essa estrutura viciada que, ao que parece, não será agora rompida.

Porque o pacote de bondades mais uma vez confere para "b", "a" e "c", benefícios financeiros que uma grande maioria será excluída.

E questiono mais.

Por que não fazer a mesma "engenharia financeira" para ajudar os empregos de menores salários? Aqueles que sempre ouviram a desculpa, que agora cai por terra, que o Tribunal de Contas era o grande impeditivo para reajustar salários.

Extinguir "cargos comissionados" e criar "Divisões" e "funções gratificadas" não estaria trocando 6 por meia dúzia, somente para ludibriar o MP? Afinal essas divisões e funções gratificadas serão ocupadas por servidores municipais indicados pelo Prefeito sem concurso.

E não é essa a natureza do cargo de confiança? ser indicado sem concurso para o recebimento de um salário maior?

Aguardemos manifestação dos órgãos competentes responsáveis.

Seja como for hoje é o dia que talvez nada disso seja questionado, pois do pouco que conheço, a votação de hoje será apenas a ponta do iceberg, uma mera formalidade.

Não sei se para aprovar ou para reprovar os projetos, mas os votos já estão decididos e nenhum vereador mudará sua posição ouvindo discurso ou lendo esse blog. Todos já têm seus votos definidos, seja para aprovar seja para reprovar.

Os projetos sobreviveriam a um plenário da Câmara de Vereadores apinhada de servidores?

Sinceramente não sei responder.

Mas não custa tentar.

Servidor, vá à sessão e faça valer seu direito, ou não me venha reclamar depois.

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