Assumi o Departamento de Educação e Cultura em Ipuã em janeiro de 2005 e após 3 anos e 3 meses de excelentes serviços prestados, optei por sair.
Apesar dos pedidos para que eu ficasse (do Prefeito e colegas de trabalho), apesar da nossa gestão ser bem avaliada por 93% da população na época, apesar do bom salário que recebia.
Sobre o salário cabe aqui uma nota interessante.
Quando parei de dar aula para virar Diretor do Departamento de Educação, eu daria aula naquele ano em 4 escolas. Deixei todas para me dedicar apenas ao Departamento, recebendo metade do que receberia.
Quando deixei o Departamento para voltar a dar aula, o fiz mesmo sabendo que teria uma renda mensal 20% do que eu ganhava como Diretor.
Em ambos os casos a questão que me fez escolher o que fazer não foi o dinheiro: foi a satisfação pessoal.
Deixar de dar aula (não de ser Professor) para virar Diretor do Departamento foi uma satisfação e orgulho enorme, do mesmo tamanho que deixar de ser Diretor do Departamento de Educação para voltar a dar aula.
Quando se faz seu trabalho bem feito, não importa o cargo que ocupe ou o salário que receba, o orgulho é o mesmo.
Deixei o cargo para investir na minha carreira de professor.
Voltei a estudar, fiz especialização em Gestão Educacional (pela faculdade SEB COC no polo de Ipuã que justamente eu havia me empenhado em trazer), o que me serviu de trampolim para o Mestrado em Educação: Currículo pela PUC/SP.
Ser professor está na minha essência, nada muda isso.
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