Eu já não estava mais no Departamento de Educação e Cultura quando a recente encenação da Paixão de Cristo começou em nossa cidade.
Caso estivesse, eu não mediria esforços em apoiar esta iniciativa.
Ainda que o aspecto religioso do evento possa gerar algum questionamento jurídico, como o velho argumento de "Governo laico" e portanto impedido de destinar recurso público a eventos religiosos; ou algum argumento eleitoreiro de que não se pode privilegiar com recursos financeiros apenas uma instituição religiosa.
Trata-se do maior espetáculo cultural de nossa cidade atualmente e uma atração já consagrada pelo público ipuanense e que a cada ano cresce em qualidade.
E para mim ainda tem outro fato importante a se ressaltar além da qualidade e beleza do espetáculo: a ocupação do Recinto de Festas.
A ociosidade do Recinto de Festas é algo dispendioso à Prefeitura Municipal, que o utiliza poucas vezes no ano para fins de eventos públicos na medida em que cada obra realizada ao ser diluída na quantidade de dias úteis do Recinto torna-se desfavorável quando aplicada à relação custo/benefício.
Por exemplo, a apresentação de sexta feira passada pode ter sido o único evento público ocorrido no Recinto de Festas no ano de 2015. Ou na melhor das hipóteses, o primeiro dos dois eventos públicos lá realizados.
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