sábado, 11 de abril de 2015

Com o giz na mão.

Entrega de prova é uma arte.

Cada professor o faz de uma maneira.

Dos metódicos, que entregam em ordem alfabética aos aleatórios, que entregam como elas foram corrigidas.

Passando pelos metódicos que entregam por ordem de nota, geralmente em ordem decrescente.

Minha saudosa orientadora no Mestrado na PUC/SP, Isabel Cappelletti, certa vez entregando os trabalhos que havíamos feito, avisou que a ordem da entrega era primeiro os trabalhos que não precisariam ser alterados em nada, em seguida os que precisassem de alterações, e assim por diante, até aqueles que precisariam ser totalmente refeitos.

E começou a entregar os trabalhos aos alunos, sempre chamando pelo nome e o aluno indo à mesa pegá-lo.

Chama um, chama outro e nada do meu nome. Quase todos os colegas de sala que sentávamos juntos já haviam recebido e eu nada de receber meu trabalho, antevi que tinha ficado mal feito.

Eis que surge meu nome e, certamente por ser seu orientando, após uma breve pausa (para mim uma eternidade) meu nome foi acompanhado por um "precisamos conversar".

Conversamos e o trabalho foi todo refeito.

E já tive professor que chamava o aluno pelo nome completo ao entregar a prova, o que para os casos em que o aluno se chamava Cléverson Wellerson ou Camila Ludmila, só não era mais constrangedor que aquele outro professor que falava em voz alta a nota do aluno antes de lhe entregar a prova.

Eu? Bem, eu chamo o aluno pelo primeiro nome apenas, entrego a prova dobrada para apenas ele ver a nota e não mostro a nota da colega que faltou, para a colega que "ela pediu que visse a nota para ela".

Até mesmo pela minha formação acadêmica, eu trato a avaliação com uma certa dose de respeito e formalidade!

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