domingo, 19 de maio de 2019

Expuã 2009 (I). [Há 10 anos].

Há 10 anos eu começava uma série de artigos (3 ao todo) teorizando sobre a Feira da Bondade/Expuã/Rodeio. Um resgate da história da política pública de festas e eventos em nossa cidade.

Falava-se à época sobre a possibilidade da não realização das Festas naquele ano. O que, ao contrário de agora, não aconteceu.

Eu discorria sobre o histórico da gestão da Festa, desde seu surgimento em 1990 até 2001.

OBS: O título não teve nada a ver com os textos.



Expuã 2009 (I).

Fazer ou não fazer, eis a questão.

Fontes dão como certa que a discussão sobre uma possível não realização da festa, tem sido grande dentro da Prefeitura.

Uma possível saída, seria a realização de uma festa bem modesta para que a data não passasse em branco, tese que ganha cada vez mais força à medida que aumenta o medo de não haver Expuã devido à queda de arrecadação nos cofres públicos.

Diante da indefinição sobre a realização (ou não) da Expuã 2009, aproveitemos o momento para refletir mais amplamente sobre esta festa.

Corria o ano de 1990 quando a Prefeitura Municipal decidiu realizar um evento anual que pudesse dar diversão aos cidadãos, e ainda, arrecadar fundos para as entidades beneficentes. Nascia assim a Feira da Bondade, que durante muitos anos foi realizada na praça da Rodoviária, com shows modestos e gratuita.

Em 1995, com a construção de um recinto de festas para abrigar a Feira da Bondade e outros eventos, e assim, tirá-la da praça, apertada para o público e sem infraestrutura (sanitários, etc...), onde invariavelmente era depredada nos dias de festa; o evento não só foi transferido para o recém construído recinto, como ganhou uma nova festa, a Expuã, mantendo o caráter beneficente porém conferindo ares de festa de exposição agropecuária.

Além de encampar o Rodeio de Touros, tradicional festa da cidade que era realizado em agosto, e que desde então passou a fazer parte do conglomerado: Expuã/Feira da Bondade/Rodeio.

Com a criação do recinto, veio com ele a cobrança de ingressos na entrada, de taxas simbólicas na época, é verdade, porém o evento deixava de ser gratuito. Voltaria a ser gratuito em 3 edições, devido a promessa eleitoral, mas não vem ao caso.
No ano de 2001, ainda foi permitido preços mais acessíveis, porém com shows de médio porte, o que não agradava aos realizadores, que queria a megalomania das festas similares realizadas na região, na nossa Ipuã.

Surgia o seguinte impasse: shows medianos e ingressos baratos X shows de 1° escalão com ingressos mais caros.

Tal discussão mudaria para sempre o modo de se fazer a festa em nossa cidade, mais que isso, criaria uma crise de identidade no evento.

Mas sobre isso, falarei um pouco mais ainda esta semana.

Um comentário:

  1. Pensei que vc fosse escrever sobre a "pretensão" do vereador de tornar Ipuã uma cidade turística.

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