quinta-feira, 2 de maio de 2019

Paulo Freire em tempos de ódio.

Você não gostar ou não concordar com a obra e as ideias do Prof Paulo Freire é rigorosamente um direito seu.

Mas negar a sua importância para a Educação nacional e mundial, o peso de suas ideias no universo acadêmico do Brasil e do Mundo, ultrapassa os limites do ridículo.

É como não gostar de Mozart, Beethoven ou Bach e falar que sua obra não presta, ou que não tem importância nenhuma na história da música erudita mundial.

Pior quando em tempos de "pós verdade", qualquer um vira especialista em Educação e em especial, Paulo Freire.

Única motivação é o ódio, seja pelo grupo político que ele foi aliado (o que era um direito dele) ou pela imbecilidade de conferir a ele o rótulo de doutrinador e marxista, coisas que ele jamais foi.

Assim como ninguém ousa comparar Mozart, Beethoven ou Bach com compositores de hits que duram uma semana, não deveriam comprar Paulo Freire com outros "pensadores".

Agora querem tirar-lhe o título de "Patrono da Educação Brasileira" numa tentativa imbecil de reescrever a História.

Eu defendo que deva mesmo tirar-lhe este título, não por achar desmerecido, mas para dar férias à sua memória enquanto a Política Pública da Educação Brasileira se desmonta no atual (des)governo do MEC.

E nada que o próximo Presidente, em 2023 (se não for antes) não restitua em uma canetada a justa homenagem.

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