sexta-feira, 29 de maio de 2015

O que penso sobre Charlie.

Chego na sala e vejo alunos comentando sobre um tal de Charlie.

E enquanto explicam, mostram um lápis se "movendo", "respondendo" perguntas, algo como a brincadeira do copo ou uma tábua ouija, que supostamente eram movimentados por espíritos para responder perguntas dos terrenos, usados tempos atrás.

Pois bem...

Acabo com a brincadeira com um tapa no lápis, no papel com as palavras para ler respostas e aviso: se tiver um Charlie nessa sala me encontra na saída.

Chego em casa e vejo que a brincadeira dos alunos é uma febre mundial.

Charlie seria um demônio mexicano - curioso como nunca é Suíço, Norueguês ou Francês (e então ele sim poderia dizer: Je suis Charlie), mas sempre Mexicano, Indiano, Paquistanês,... - que se comunicava por meio do movimento de um lápis apoiado sobre outro, livre para se mover entre letras ou respostas (sim e não) escritas numa folha.

Mais estranho que não ser de um país desenvolvido, é um demônio mexicano chamado Charlie, e não Juan, Ramires, Jorge Miguel ou Alejandro.

Tenha santa paciência!

E vai ser onipresente assim lá no inferno (literalmente). Só numa escola ele estava em 3 salas, imagina em quantos outros lugares na cidade ele não estava?

E a febre é mundial, como estaria administrando, seu tempo, o Charlie? Teria terceirizado as sessões de invocação? Quais critérios ele escolhe para atender à tantos chamados? Mexicanos têm preferência?

O melhor disso tudo é que logo vai aparecer alguma destas lendas urbanas e mais outra até perder a graça e todo mundo parar com isso.

Enquanto não chega: Vai pro inferno o Charlie.

Como disse o Veríssimo numa crônica "Não se fazem mais Faustos como antigamente".

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