sábado, 30 de maio de 2015

Com o lápis na mão.

Estudávamos na Unesp já havia uns 2 ou 3 anos.

O Bar do Sô Zé (aqui) era nosso point nos dias em que não havia aula (palestras, falta do professor, etc...) ou mesmo nos dias que havia aula mas nós matávamos (sou réu confesso).

O bar era frequentado por alunos da Unesp e tinha também seus fregueses cativos, acredito, de longa data.

Foi inevitável o contato e até mesmo alguma amizade bem superficial com algum deles, cujos nomes nem de todos nós sabíamos.

Um deles era o Luizinho.

Todo dia o Luizinho chegava com uma charada, uma pegadinha, uma brincadeira com palitos de fósforo estas coisas...

E a gente tolerava, mesmo que às vezes sua impertinência em conversar com nosso grupo atrapalhasse nossa prosa, razão da nossa ida ao bar.

Certa feita, conversando com o Luizinho, perguntamos o que ele fazia da vida, no que respondeu: Sou taxidermista.

Perguntamos o que seria isso (até então ninguém ali sabia) e ouvimos com resposta algo do tipo: Não falo, eu mostro.

E nos convidou a ir até sua casa para matarmos a curiosidade.

Estávamos em 5 ou 6 colegas e aceitamos o desafio apesar do "risco" de ir à casa de um desconhecido à noite.

O caminho passava pelo cemitério municipal, o que tornou a aventura ainda mais arriscada.

E no caminho conversávamos: Qualquer coisa a gente junta de pancada nele.

Não foi preciso...

Chegando na sua casa vimos vários animais empalhados, pois é isso que faz um taxidermista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário