sábado, 28 de fevereiro de 2015

Com o giz na mão.

No começo de carreira e querendo inovar, eu fazia uma pegadinha em minhas provas sempre na primeira avaliação do ano.

Usarei como exemplo ilustrativo a seguinte questão:

01 - Assinale a alternativa incorreta.
a) O nº 1 é um nº par.
b) O nº 2 é um nº par.
c) O nº 3 é um nº ímpar. 
d) O nº 4 é um nº par. 
e) A alternativa "a" está incorreta.

Ao ler a questão, certo de que a alternativa "a" é a que deva ser assinalada, o aluno fica na dúvida ao ler a alternativa "e", afinal ela está dizendo que "a alternativa "a" está incorreta", o que de fato está.

Acontece que o exercício pede a incorreta, ou seja, a falsa, a que não é verdadeira, a que está te dando uma informação errada.

Assim sendo, a alternativa "e" não se enquadra, pois ela é verdadeira, legítima, está dando uma informação correta, aliás, ela está te dizendo qual alternativa você deve assinalar.

Em média, metade da sala ficava na dúvida e errava a questão.

Obviamente a facilidade do exemplo acima não permitira erro mas, imagine em uma pergunta mais extensa onde ao ler a última alternativa, a primeira (e isso era feito propositadamente) já não estava tão fresca na memória.

Por mais que eu acreditasse na época que este tipo de pegadinha contribuiria para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos, optei por excluí-la das minhas provas por entender que pedagogicamente não trazia benefício algum aos alunos.

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