Leio no portal Terra que a revista Time
elencou 5 produtos que em 5 anos não mais existirão.
Confira aqui.
Confesso que há tempo me preocupo com
profissões que estão desaparecendo.
Ferreiro.
Não serralheiro, pois este continua firme e
forte, ainda mais com o boom da construção civil, mas falo daquele operário
solitário, às vezes apenas com um ou 2 ajudantes, que produzia facões, lâminas
e coisas de ferro em geral.
Martelo e bigorna eram suas principais
ferramentas.
Produzia ainda ferradura para cavalos,
estribos e demais utensílios para ser usado em montarias.
Isso quando ainda usava-se cavalo como meio
de locomoção.
Seleiro.
Outra profissão que vem desaparecendo junto
o fim o uso da tração animal como meio de locomoção.
Tanto que o word, usado para - pelo menos
tentar - corrigir meus escritos, insiste em dar a opção "celeiro"
(edifício agrícola coberto utilizado para o armazenamento), apontando que
"seleiro" (adj. e s.m. Que ou aquele que fabrica selas: artesão
seleiro. S.m. Proprietário de um estabelecimento de selaria) não existe.
Como não?
Será que o word já sacramentou o fim da
profissão e, consequentemente, da palavra?
Chapeleiro.
Se as pessoas pouco usam cavalos, imagina chapéus.
Antigamente havia até porta chapéus em repartições públicas ou lugares de grande movimento.
O último destes porta chapéus que vi em Ipuã até pouco tempo atrás ficava no cartório.
Os chapéus antigamente eram produzidos por um espécie de alfaiate (outra profissão que acredito que em breve entrará na lista da extinção)
de chapéus, alguns feitos sob encomenda.
Hoje são produzidos em larga escala por
grandes indústrias chapeleiras.
Sapateiro.
Certamente em Franca/SP e adjacências não
deve ser problema, mas em cidades mais distantes destes centros de tradição na
indústria calçadista, encontrar um sapateiro para consertar seu calçado é uma
missão complicada.
Em Ipuã tivemos o "Fat", cujo nome era
Josaphat (daí o apelido) e o "Caçula" (se alguém souber como ele se chamava me avisa para fazer justiça e registrar*), duas personalidades da cidade que todo mundo da minha geração pra trás conhece e que durante muitos anos trabalharam neste comércio.
Atualmente, desconheço quem o faça.
E olha que a demanda não deve ser pequena.
*Corrigido às 16:54: Caçula era o apelido do Sr José Jesus, como me informa a colega Blogueira Luiza Henrique.
Engraxate.
Confesso que tenho sentido falta de engraxates aqui em Ipuã também.
Até há algum tempo, havia o "Titia" e hoje desconheço alguém que o substituiu neste ofício.
Nas grandes cidades também, tenho visto, cada vez menos, garotos com caixa de engraxate nas costas oferecendo o serviço.
Ou passam despercebido por mim porque só uso tênis?
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