sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Lagoas de Ipuã: Transposição do Rio São Francisco ou Lago Paranoá?

Vendo os esforços da Administração Municipal Ipuanense em recuperar a lagoa próxima à Prefeitura, bombeando água da lagoa do Ipuã Country Club, acaba sendo inevitável a comparação dos cidadãos com a famigerada transposição das águas do Rio São Francisco, tão alardeada como solução para o problema da seca no Nordeste e uma obra cuja pouca realização tornou-a desacreditada.

Como desacreditados estão muitos cidadãos de que a lagoa da Prefeitura irá encher novamente.

Longe de comparar com a transposição do Rio São Francisco, o fato me fez recordar outra história:

Durante a construção da nova capital da República, o Presidente Juscelino Kubitscheck foi alvo de críticas por parte do escritor Gustavo Corção, que dizia ser impossível encher o Lago Paranoá, pois o leito era poroso e a água seria absorvida.

Quando o Lago Paranoá ficou pronto, Juscelino enviou-lhe um lacônico telegrama:

- "Encheu".

Dizem ainda que o mesmo escritor disse ser impossível ligar Brasília ao Rio de Janeiro por meio de cabos telefônicos, nem preciso dizer para quem JK telefonou primeiro quando ficaram prontas as obras de telefonia na capital federal.

Conto estas histórias para ilustrar que uma ideia hoje desacreditada poderá ser, caso obtenha êxito em seu intento, motivo de glória para o pai da ideia. Pai até então desconhecido, pois o descrédito com a medida e as piadas a que a obra tem sofrido por parte da população ipuanense ninguém animou-se em assumir a autoria.

Até porque como diz o ditado "Quando o filho é bonito todo mundo quer ser o pai".

Aguardemos para ver a beleza da "criança" e se a obra em questão estará mais para a transposição das águas do "Velho Chico" ou para o Lago Paranoá.

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