sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Educação nesse país não é levada a sério.

Quando Temer assumiu a Presidência, tratou logo de tentar consertar a economia.

Para isso, chamou para Ministro um nome que agradasse ao mercado e que simbolizasse uma união entre as diferentes correntes políticas no Brasil, tendo inclusive trabalhado em vários Governos anteriores. Chamou para Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Na mesma época, mostrado seu descaso com Educação, convidou para esse Ministério, Mendonça Filho. Administrador de empresa, indicado pelo DEM e filho de um tradicional político Pernambucano.

Bolsonaro, na montagem de seu Governo, nomeou 3 "Super Ministros", termo usado para referir aos Ministros que recebem carta branca e amplos poderes para acumular funções e tomar decisões de caráter técnicas sem interferência externa: Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e Onix Lorenzoni (Casa Civil).

Você pode até ter discordância de um ou outro (como eu tenho), mas inegavelmente são especialistas em suas áreas, pessoas que estão preparadas para desempenhar as funções atribuídas. Se vai dar certo ou não, são outros 500.

E para a Educação...

O cotado ao cargo, Prof Mozart Ramos, foi reitor da UFPE, foi Secretário da Educação de Pernambuco e atualmente é diretor do Instituto Ayrton Senna. Reuniu-se com Bolsonaro junto com Viviane Senna que preside o Instituto e apoia ações ligadas à Educação no país.

Vetado pela bancada da bíblia na Câmara que não vê com bons olhos alguém contra o movimento Escola Sem Partido, o Prof Mozart Neves foi substituído pelo Prof Ricardo Velez Rodrigues, indicado por Olavo de Carvalho, um intelectual medíocre cuja fama se faz pela internet, dos EUA onde reside, e cujo existência só é conhecida graças ao ódio à esquerda que se propaga nesse país, mesmo que muitos não saibam o que é esquerda e direita.

Ricardo Rodriguez é Colombiano radicado no Brasil há muito anos, pouco conhecido no meio acadêmico e uma aposta para acalmar os setores Bolsonaristas mais conservadores. Não terá carta branca nem será um super ministro.

Torço para dar certo, pois não sou do "quanto pior, melhor", mas minha aposta? Não se sustenta no cargo muito tempo.

Não organizará sequer duas edições do ENEM.

Aguardemos...

Enquanto isso no Glorioso Estado de SP São Paulo, o Governador eleito, João Dória, convidou para ser Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares da Silva (já ouviu falar???) ex ministro da Educação de Michel Temer (a quem Dória dizia ser opositor).

Agora diz... Educação nesse país é levada a sério?

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