terça-feira, 20 de novembro de 2018

CONSCIÊNCIA [Há 10 anos].

Há 10 anos eu defendia, como defendo até hoje, o Dia da Consciência Negra.

E explicava os motivos:


CONSCIÊNCIA


Já ia passando batido.

Talvez reflexo da chegada em casa e a tentativa de organizar as coisas pendentes durante a ausência.
Mas, vamos lá...

Sou totalmente favorável ao Dia da Consciência Negra. Inclusive como feriado.

Por vários motivos: Somos a maior Nação Negra fora da África, um dos países que mais traficou escravos africanos, um dos últimos países a abolir a escravidão na América (e só o fizera quando a mão de obra escrava do negro era menor que 10%), enfim, temos uma dívida histórica com essa raça que tanto contribuiu (e contribui) para a formação da identidade cultural brasileira.

Por isso não deve ser um simples feriado, como muitos sempre reivindicam, apenas um dia de descanso; mas um dia para fazer parte de calendários escolares com atividades pedagógicas com os alunos, semelhante ao que fazem com o 7 de Setembro.

Pelo País afora, fomentar as manifestações artísticas e políticas do negro, como forma de conscientizar a população sobre a situação do negro no País. Ciclo de debates, palestras, exposições artísticas, mostra de cinemas e documentários, tudo com o único propósito de valorização da cultura negra no país.

Copiamos tantas coisas dos EUA, porque não o patriotismo de feriados, as manifestações entusiasmadas em efemérides (com direito a paradas e tudo mais) e não apenas um dia para descansar ou descer para o litoral (entupindo as marginais, Anchieta-Imigrantes,...).

E como de praxe, deixo uma citação no blog. Em homenagem a esta importante, e pouco valorizada, data, acredito que vivo fosse, Jamelão se recordaria do Samba-Enredo de sua Estação Primeira de Mangueira do ano de 88, quando a Escola homenageou os 100 anos da abolição.

"Moço, não se esqueça que o negro também construiu, as riquezas do nosso Brasil"

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