domingo, 8 de julho de 2018

Agora é oficial: Não teremos Expuã/Feira da Bondade/Rodeio 2018.

E a Expuã/Feira da Bondade/Rodeio 2018, que já tinha até presidentes, não vai acontecer.

Quem deu a notícia foi o Prefeito, acompanhado pelo presidente do Rodeio.

Curioso que quando é para dar a notícia ruim vai o Prefeito.

E a culpa pela falta da Festa, claro, foi a crise econômica brasileira, agravada pela Greve dos Caminhoneiros. Se não vamos ter festa, a culpa é dos caminhoneiros? Estranho...

Certamente o discurso da Administração Municipal e dos seguidores da seita Quinzística em Ipuã vai ser o de que é uma atitude correta pois em tempos de crise tem que cortar festas, e que festa é supérfluo, e que vão privilegiar outras áreas, inclusive que o dinheiro destino à Festa já foi remanejado para pagar salários e ajudar a Santa Casa blá blá blá.

Hipocrisia na sua essência.

O discurso seria outro, fosse outro, o Prefeito cujo número da campanha não fosse 15.

Ou alguém duvida que, se fosse outro Prefeito a não realizar a Expuã/Feira da Bondade/Rodeio, os Quinzócritas estariam, à esta altura, esbravejando nas redes sociais palavras do tipo:

- "O Prefeito não pensa nas entidades".
- "Em Ipuã já não tem nada".
- "Não se preocupam com quem não pode ir para 'cidade de fora' assistir shows".

Basta lembrar as ocasiões em que outra administração realizou festas modestas (como as realizadas por essa Administração, sem tirar nem por), também alegando razões financeiras e os discursos foram algo do tipo:

- "Festa porcaria, lixo".
- "Só quando o 15 voltar para vermos Zezé di Camargo e Luciano".
- "Nunca teremos Ivete Sangallo". 
- "Quermesse". 

Agora terão que ouvir: "Pelo menos Quermesse tinha todo ano".

Ou se voltarmos um pouco mais no tempo, no final do séc. XX, quando uma Administração, pelos mesmos motivos alegados agora, não realizou uma edição da Festa. Com a correta justificativa do temor para com a recém criada Lei de Responsabilidade Fiscal, então uma enorme incógnita na vida dos Prefeitos, que cortaram gastos para evitar punições.

Naquela época as críticas feitas ao então Prefeito foram pesadas. Críticas minhas inclusive, em um jornal local na falta de redes sociais (ainda inexistentes), e da maioria dos eleitores da oposição.

A diferença é que eu continuo achando errado não fazer a Festa; enquanto os Quinzócritas hoje defendem o que naquela época criticaram. E ao fazerem assim, deveriam no mínimo se desculpar com aquele Prefeito que, repita-se, pelos mesmos motivos alegados hoje, optou por não realizar a Expuã naquele ano e agora, quase 20 anos depois, deveria ouvir dessas pessoas: "Você agiu corretamente".

Eu continuo contrário à ausência do maior evento de lazer Ipuanense. Defendo a sua realização mesmo que de maneira modesta, dentro das possibilidades dos cofres municipais em tempos de crise econômica. Em razão de ser um evento de lazer e também assistencial.

E sobretudo, critico a falta de uma política séria para a Expuã, que estude como cortar gastos e aumentar as receitas para que a festa se torne mais autossustentável. Defendo uma reinvenção na maneira de se fazer a Expuã, sob pena de estarmos matando nosso maior evento.

Confirmado o cancelamento da Expuã/Feira da Bondade/Rodeio, somado a falta de Carnaval nos últimos 6 anos e às pífias atrações do aniversário da cidade, o discurso de que uma eventual Administração MDB em Ipuã representaria uma melhoria nas atividades de lazer e nas festas na cidade cai por terra completamente.

Pois também nessa área a Administração Municipal se mostrou muito aquém do que prometeu em palanque e sobretudo, do que garantiam que seriam seus eleitores e apoiadores.

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