Seria a 1ª de muitas outras considerações sobre a data que o Blogueiro faria no Blog.
PS: Mias um título nada interessante para um assunto tão interessante.
Simples assim?
Tudo começou com a "Revolução de 30".
A eleição presidencial de 1930 não terminaria bem.
O Paulista Washington Luís apoia o paulista Júlio Prestes, rompendo assim a famosa aliança da "Política Café-com-Leite", onde SP e MG se alternariam no poder da República.
Minas não aceita esse rompimento e lança a Aliança Liberal,
formado por MG, PB e RS, lançando como candidato o gaúcho Getúlio
Vargas, tendo como vice, o Paraibano, João Pessoa. Vice aliás, que seria
assassinado em plena campanha, fato mais que suficiente para GV acusar
crime político.
A
Aliança perde a eleição, e da somatória: assassinato + denúncia de
fraude eleitoral por parte do Presidente Washington Luís + revanchismo
pela derrota, deriva um movimento armado, liderado pela Aliança Nacional
e os Tenentes exilados durante a Coluna Prestes.
Do Sul do país, subiam tropas armadas dos Estados de RS, SC e PR, sob o comando de Vargas. Do Norte, outra frente armada firmada por PB, RN, CE, MA, AL, SE e PI.
Todas em direção à SP.
Para evitar um Guerra Civil, uma cúpula militar é instalada (formada por militares que apoiaram Júlio Prestes) e formam a "Junta Pacificadora", que depões Júlio Prestes e entrega o "Governo Provisório" à Getúlio Vargas (que duraria "provisoriamente", 15 anos).
No poder, GV fecha o Congresso, rasga a Constituição, e nomeia interventores (todos pessoas próximas a ele) em
vários Estados, substituindo os Governadores. Para SP, nomeia um
interventor militar e Gaúcho, ao invés de um Governador eleito pelo
povo.
Esta
situação duraria até 1932, quando os paulistas resolvem usar a
legalidade para restaurar o poder político perdido com a Revolução de
30
.
O
Estado de SP lidera um movimento para que GV promulgasse nova
Constituição, uma vez que o Brasil estava sem uma desde 1930, e para se
fazer uma Constituição, necessitaria de deputados (o que não havia desde
o fechamento do Congresso), e para ter deputados, eleições. E havendo
eleições, o Estado com maior colégio eleitoral, obviamente elegeria o
maior n° de deputados e assim teria maior participação política.
E quem era o Estado com maior colégio eleitoral?
São Paulo; que assim esperava recuperar a autonomia política perdida.
Assim sendo, os paulistas pedem a GV a convocação de Assembleia Constituinte para elaboração da Carta Magna.
Tendo
seu pedido negado, SP "pega em armas" para forçar GV a realizar
eleições e consequentemente, uma nova Constituição para o país.
E
durante alguns meses (de Julho à Outubro), o que se viu foi uma Guerra
Civil nas fronteiras paulistas com Minas e Paraná, com alguns conflitos
armados em territórios paulistas e várias mortes.
A
este movimento armado (revolução) eclodido em 09 de Julho de 1932,
exigia do Presidente Vargas a elaboração de uma Constituição, batizaram
como Revolução Constitucionalista de 32.
Fato
que o Gov. Mário Covas transformou feriado em 1997 e data que batiza
inúmeras avenidas em cidades do nosso Estado, como homenagem a este
importante fato histórico e a seus bravos combatentes, assim como o
fizera Covas, criando tal feriado.
E
a história é essa, simples assim. Nada daquela teoria de que SP queria
separar do resto do país e MG não aceitou. Isso é papo furado. Ninguém
quis separar de ninguém.
Em Ipuã:
Daqui
de Ipuã, não tenho informações de algum combatente que tenha servido.
Salvo engano, o Sr Brás Ferrari serviu, mas na época morava em Morro
Agudo.
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