Recebi a notícia da morte do cantor na Feira do Livro em Ribeirão, minutos antes do escorque se apresentar em show com o conjunto MPB4.
Segue o texto, um tanto ácido para os dias atuais.
Finalmente, Michael Jackson.
Passado mais de uma semana da morte do cantor Michael Jackson, este blogueiro se pronuncia.
Recebi
a notícia de seu falecimento na Feira do Livro de Ribeirão Preto,
anunciada pelo locutor aos espectadores que lá estavam para assistir ao
show do Toquinho com o MPB4.
Nenhuma comoção por parte das pessoas que estavam ali próximas a mim.
Fosse essa notícia há 20, 23 anos atrás, sequer teríamos show naquela noite. Seria tudo sumariamente cancelado.
Certamente o leitor mais jovem, mesmo que fã do Michael Jackson, não viveu na época em que o cantor explodiu para o sucesso.
Dissidente do grupo Jackson Five, onde cantava com outros 4 irmãos e
com o sucesso (tiveram até desenho animado sobre eles) e o know-how
obtido, Michael resolveu "thrilhar" carreira solo.
E que carreira.
Campeão
absoluto de vendagens de discos, num total de 750 milhões de cópias em
toda a sua carreira, dos quais, 104 Milhões apenas pelo álbum "Thriller",
conferindo-lhe o recorde de maior vendagem de um único álbum; sem falar
nos recordes de público em turnês, de audiência televisiva, de maior
exposição de um vídeo-clipe, ...
Enfim,
para aqueles que como eu, não conheceram o impacto de Beatles e Élvis
na mídia, nem seu poder de atração de público, fama, dinheiro e
exposição, ter presenciado a carreira de Michael Jackson dá pra se ter
uma noção de como foi.
Claro que não estou comparando música, apenas o poder de mobilização de mídia e público em torno do astro.
Michael foi sem dúvida, o maior astro Pop da nossa geração.
Confesso
que na infância tive meus momentos de admiração pelo cantor, afinal
era impossível ser criança ou adolescente na década de 80 e passar
incólume por fenômenos como Michael Jackson, Madonna, e outros artistas
internacionais que estouraram na época.
Mas a adolescência e a fase adulta trataria de mudar tudo isso, até porque, o próprio Michael mudou.
Nunca
vi com bons olhos o seu "clareamento", alegava doenças de pele, mas
nada foi muito bem explicado ao público; e para mim, quem renega suas
origens e a própria raça, merece o meu desprezo.
Afundado
em denúncias de pedofilia, (acredito que nem todas verdadeiras, teve
muito pai safado querendo explorar o filho pra levar algum em cima da
fama do astro) Michael viu sua carreira definhar, junto com sua fortuna
que não suportava as extravagâncias do cantor (rancho Neverland,
mansões, etc...).
Preso, humilhado e endividado, Michael preparava, para 2009, sua volta aos palcos.
Não
sem antes, negar um pedido da sua antiga gravadora, que queria reunir
este ano, os 5 Jacksons para celebrar os 40 anos do grupo. 4 já tinham
confirmado presença, apenas 1 disse que não iria: adivinhem quem?
Este ano seria sua volta ao showbusiness, mais uma de tantas que Michael fez.
Trata-se de um artista daqueles que, quem viu, não verá similar; que não viu, lamenta.
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