sábado, 20 de dezembro de 2014

Luciano Hulk pode tudo.

Não sei o que acontece com certas pessoas (e também algumas instituições, mas não vem ao caso) que seja espontaneamente, seja por uma assessoria de imprensa especializada em gestão de crise, tornam-se blindadas pela grande mídia.

Luciano Hulk é um destes casos.

Em entrevista com a ex ginasta Laís Souza, que ficou tetraplégica há pouco menos de 1 ano, Hulk brindou o país com uma pergunta estúpida e um comentário igualmente imbecil:

Ao mostrar a tatuagem que fez na perna, Laís teve que ouvir a seguinte pergunta:

- Doeu pra fazer?

Elegantemente a ex ginasta respondeu:

- Não dói mais.

Não satisfeito, Hulk tentou salvar a gafe:

- Tem essa vantagem.

Diante de tamanha idiotice e certamente já arrependida por estar naquele programa, Laís limitou-se a encerrar o constrangimento (nosso, pois não acredito que o babaca tenha ficado):

- Deve ser a única.

Vindo de um apresentador que aproveitou o episódio da banana atirada no jogador Daniel Alves e o modismo "Somos todos macacos" para faturar com a venda de produtos contra o racismo, bandeira que antes desta oportunidade financeira ele jamais levantou em seus programas de TV.

Mas minha verdadeira reflexão é a seguinte: E se a gafe com a Laís Souza tivesse sido protagonizada por Rafinha Bastos, Danilo Gentili ou algum integrante do Pânico?

A grande mídia estaria tratando como gafe? Ou já teriam execrado ou autor da infeliz pergunta?

Aposto R$ 1 milhão (que não tenho) que secretarias públicas  e grupos de defesa dos portadores de necessidades especiais já teriam se manifestado pedindo a cabeça do autor da frase.

Mas como é um produto da Vênus Platinada, tudo não passou de uma simples gafe.

Outra coisa que me admira muito é a imbecil declaração ter passado pela edição do programa, que ou não deve ter percebido (o que os torna incompetentes) ou ficaram com medo de que excluir da edição ficaria mais feio para o apresentador.

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